O debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo estende-se há tempos sempre com críticas a pessoas que se posicionam contra o relacionamento homossexual.
Os motivos que levam essas pessoas a serem contrárias ao casamento gay é religioso, e os favoráveis à homossexualidade sempre tentam desqualificar tais opiniões justamente por serem ligadas a crenças pessoais.
O pastor Rick Warren, um dos mais conhecidos e respeitados líderes evangélicos norte-americanos, explicou durante o programa de TV Piers Morgan Live, da CNN, o motivo de permanecer contra o casamento gay: “Temo a desaprovação de Deus mais do que a reprovação da sociedade”.
O líder da Saddleback Church, em Lake Forest, Califórnia, disse durante a entrevista que admira o papa Francisco por seus esforços de exaltar as virtudes da humildade, e essa declaração serviu para o apresentador Piers Morgan questioná-lo sobre o casamento gay.
Morgan lembrou que Francisco disse não ser capaz de julgar um homossexual que busca a Deus com sinceridade, e perguntou se Warren reconhecia que o casamento gay é um movimento que não pode ser impedido.
O pastor, firme em sua posição, respondeu: “Bem, eu não tenho a oportunidade de mudar o que Deus diz que é certo e o que Deus diz o que é errado. E eu acho que Deus é muito claro sobre o sexo fora do casamento que é errado. Mas a questão aqui é o assunto do respeito. Embora eu possa discordar de você ou de seus pontos de vista sobre a sexualidade, não me dá o direito de colocá-lo para baixo, para desmoralizá-lo, difamá-lo ou transformá-lo em um demônio”.
Depois de se posicionar, o pastor partiu para o ataque quanto às distorções que o movimento LGBT tenta impor à sociedade: “A tolerância [é uma palavra] usada para significar que nós tratamos uns aos outros com respeito mútuo, mesmo que tenhamos grandes discordâncias. Hoje, [a palavra] tolerância teve o seu sentido modificado para que todas as ideias sejam igualmente válidas. Bem, isso é um absurdo. Todas as ideias não são igualmente válidas. Você poderia dizer que a lua é feita de queijo e eu poderia dizer que ela é feito de feijão e alguns podem dizer que é feita de pedras”, ilustrou.
Quando o apresentador o confrontou questionando Warren sobre como ele pode se apresentar como um homem de Deus se não defende direitos iguais para heterossexuais e homossexuais, o pastor rebateu dizendo que casamento é algo que acontece entre um homem e uma mulher.
“Eu não acho que outros grupos têm a oportunidade de redefinir um termo. Por exemplo, se um muçulmano diz que este é um termo eles usam e de repente eu tomo esse termo e aplico para mim mesmo, isso não está certo. Eu acho que, historicamente, a nível mundial, a grande maioria das pessoas diriam que o casamento significa um homem e uma mulher em um compromisso. Não tomem um termo e o façam algo diferente”, criticou o pastor.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+