Um padre se cansou da distração dos fiéis e das constantes interrupções da missa por causa do uso de smartphones em sua igreja e resolveu instalar um bloqueador de sinal no templo.
A medida extrema foi tomada pelo padre Michele Madonna, responsável pela Igreja Santa Maria di Montesanto, em Nápoles, na Itália.
O padre Michele (em italiano, esse nome é unissex) perdeu a paciência após apelar inúmeras vezes que os fiéis demonstrassem reverência à homilia e gastou € 40 para instalar o bloqueador.
De acordo com informações do jornal Daily Mail, a iniciativa teve um efeito colateral: o bloqueador escolhido era tão forte que interrompia o sinal nos imóveis vizinhos.
Proprietários da lojas que ficam nos arredores da igreja estão exigindo que o padre remova o aparelho pois sem sinal, não conseguem realizar vendas com máquinas de cartões de crédito e débito.
O padre contra-argumenta dizendo que não podia deixar barato o incômodo causado pelos fiéis ao ignorar avisos e atender os celulares até mesmo durante funerais. Além disso, reconhece o descontentamento dos vizinhos, mas diz que recebeu o aval da Polícia para instalar o bloqueador, e portanto, não estaria fazendo nada de errado.
Do outro lado, os comerciantes afirmam que não estão conseguindo vender justamente na época de maior movimento de todo o ano.
Oposto
Uma igreja em Saint Paul, na Grã-Bretanha tomou uma iniciativa inusitada e na contramão da linha adotada pelo padre Michele em relação ao uso de smartphones e tablets.
Para atrair jovens afastados, a igreja passou a permitir e incentivar o uso das redes sociais durante os sermões, e com isso, dobrou o número de frequentadores nos últimos cinco anos.
A ideia é que os jovens tuitem sobre o culto e simultaneamente, através do uso de hashtags (jogo da velha), as mensagens apareçam nos telões da igreja.
“Os jovens frequentam cada vez menos as igrejas do nosso país, e por isso, usar redes sociais como Twitter, Facebook e Youtube é uma forma de nos envolvermos com esta nova geração”, afirmou Andrew Aldem, um dos responsáveis pela ideia.