O Estado Islâmico divulgou um vídeo com os homens-bomba que realizaram os atentados do último domingo no Sri Lanka jurando lealdade ao grupo terrorista, e reivindicou sua autoria.
O governo do Sri Lanka, porém, afirmou que ainda não há maiores comprovações da ação do Estado Islâmico no episódio, além da reivindicação. Na contagem mais recente, o número de mortos chegou a 320.
Na edição da última terça-feira, 23 de abril, o Jornal Nacional mostrou imagens que as autoridades do país coletaram das câmeras de segurança de uma das igrejas onde houve uma explosão. Um homem, que aparece usando uma grande mochila, é o principal suspeito de ter detonado a bomba naquele local.
No vídeo, o homem passa por uma criança e a cumprimenta rapidamente, e poucos minutos depois, a bomba é detonada. A identidade dos homens-bomba (que seriam ao menos seis) e suas ligações com organizações terroristas, são perguntas que as autoridades ainda não têm resposta.
A agência de notícias Reuters informou que o serviço secreto da Índia alertou os colegas do Sri Lanka de que um ataque contra igrejas estava para acontecer duas horas antes da primeira explosão.
Enquanto isso, como forma de comprovar a autoria dos atentados, o Estado Islâmico divulgou um vídeo de mascarados, que seriam os suicidas, fazendo o juramento de lealdade do grupo. Apesar de o governo do Sri Lanka hesitar em confirmar que o caso foi uma ação dos extremistas muçulmanos direcionada aos cristãos, acredita que os suspeitos, de fato, receberam ajuda estrangeira.
O ministro da Defesa desconfia que as explosões têm ligação com outro massacre. Em discurso no Parlamento, ele afirmou que investigações preliminares indicam que seria uma retaliação aos 50 mortos em duas mesquitas na Nova Zelândia, em março.
O assassino responsável pelo massacre na Nova Zelândia, no entanto, era um supremacista branco que tinha muçulmanos como alvos, enquanto no caso atual, a motivação dos extremistas seja de perseguição a cristãos.
Ao longo da última terça-feira, 23 de abril, o número de suspeitos presos chegou a 40, todos cidadãos do Sri Lanka. O estado de emergência continua em vigor. O alerta ainda é máximo em locais públicos, aeroportos e estradas do país.