A divulgação de um vídeo da primeira reunião organizada pela Igreja Universal do Reino de Deus em seu Templo de Salomão suscitou novas críticas de lideranças evangélicas contra a denominação e seu fundador, bispo Edir Macedo.
No vídeo, Macedo aparece usando kipá e talit, ao lado de duas pedras representando as tábuas da lei de Moisés e se comparando ao patriarca Abraão.
Se antes da inauguração do megatemplo, muitas críticas já vinham sendo feitas contra a Universal, após a aparição de Macedo trajando acessórios ritualísticos do judaísmo as críticas só aumentaram.
O pastor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança, afirmou que Macedo é um “falso profeta”, e que “seus falsos ensinamentos e a banalização da graça, bem como a pregação de um falso evangelho” o credenciam como tal.
Vargens diz ainda que o culto “recheado de misticismo” praticado pelo bispo Macedo “afronta o Evangelho”: “Eu já havia escrito um texto onde afirmei que a Igreja Universal do Reino de Deus definitivamente não é uma igreja evangélica. Hoje eu escrevo outro afirmando que o seu fundador, Edir Macedo é um falso profeta […] e não pode ser considerado crente em Jesus”, escreveu o pastor em seu blog.
Em sua conclusão, Vargens pede que “Deus tenha misericórdia do bispo Macedo e que ele venha a se arrepender de seus ensinos, pecados e heresias”.
Já a blogueira Vera Siqueira, esposa do pastor Paulo Siqueira, disse que o Templo de Salomão da Igreja Universal é a “vaidade das vaidades de quem o construiu”, pois além de aumentar a escala da construção descrita na Bíblia, ignora os princípios do Novo Testamento.
“’Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. – 1 Coríntios 3:16-17’. Se Deus agora habita naqueles que seguem a Cristo, e não nos templos de pedra, não há a menor necessidade de se gastar milhões e milhões na construção de um templo de pedra, que só serve para sustentar a vaidade de seus proprietários. Melhor seria gastar esses milhões na provisão e cuidado dos ‘templos de carne e osso’, das pessoas, assim cumprindo o ‘amar a Deus sobre todas as coisas’ e o ‘Amar ao próximo’”, opinou Vera.