Os relatos de avivamento espiritual registrados na Universidade de Asbury foram comentados pelo teólogo canadense David Koyzis, autor do livro “Visões e Ilusões Políticas: Uma análise e crítica cristã das ideologias contemporâneas”, publicado no Brasil pela editora Vida Nova.
Em um texto publicado por ele, o autor faz uma breve análise dos acontecimentos que chamaram atenção do mundo evangélico, inclusive da mídia secular, após alunos ficarem semanas seguidas cultuando a Deus em oração de forma ininterrupta.
“Indicarei que, por temperamento e convicção, não sou partidário de reavivamentos, um fenômeno frequentemente associado à manipulação emocional”, inicia Koyzis, explicando que, de modo geral, parece mais confiável dar crédito à oferta da salvação pela graça de Cristo, mesmo que sem tais experiências.
“Estou convencido de que é melhor enfatizar, não a intensidade da minha resposta ao chamado de Deus, mas focar nos meios comuns de graça que nos chegam através da palavra e do sacramento através da frequência regular da igreja”, diz o autor.
Não podemos descartar
Em todo caso, o teólogo David Koyzis ressaltou que “não gostaria prematuramente de descartar o que está acontecendo entre os jovens de Asbury”.
Isso, porque, ele lembrou que no contexto de nossa geração tão atacada pelo mundo, “qualquer coisa que mova a geração atual para maior fervor e dedicação ao reino de Deus deve ser vista como uma manifestação da obra do Espírito Santo”.
Em outras palavras, Koyzis argumenta que, na dúvida, “devemos agradecer” pelo avivamento em Asbury, tendo em vista o que ele pode significar de bom através de Deus na vida dos jovens, pastores e demais cristãos que presenciaram e foram tocados pelo mover.
O teólogo, porém, ressalta que só saberemos com segurança se o avivamento de Asbury realmente é fruto de Deus, ou apenas de um estado emocional humano, com o passar do tempo.
“O teste virá com o tempo”, diz ele. “Pois veremos como tudo isso acontecerá em suas vidas a longo prazo. Atualmente, estamos na fase do semeador que semeia as sementes (Mateus 13: 1-9, 18-23)”.
“Inevitavelmente, alguns vão desaparecer após o declínio dos entusiastas, mas outros perseverarão ao longo de suas vidas, confiando na graça salvadora de Deus e vivendo em gratidão e obediência à sua vontade”, conclui Koyzis.