O grupo terrorista islâmico conhecido pelo nome “Al Shabaab”, ou “Movimento do Jovem Guerreiro” em tradução livre, fez novos ataques em aldeias na província de Cabo Delgado, em Moçambique. Líderes evangélicos denunciam a inércia do Governo e pedem providências do país.
Os ataques ocorreram na semana passada, onde 44 casas foram incendiadas. A tática dos terroristas islâmicos, além da violência, sequestros e assassinatos, é destruir a estrutura de moradia dos cristãos e pessoas que eles consideram infiéis, forçando a expulsão deles dos territórios.
No caso mais recente cinco cristãos foram mortos com golpes de facão. Uma criança também morreu enquanto estava dormindo em uma das casas incendiadas.
A quantidade de violência é uma das características marcantes do “Al Shabaab”, considerado o “Estado Islâmico” da África. Recentemente noticiamos que os integrantes do grupo estavam assassinando os próprios avós, por serem cristãos:
“Àqueles que nasceram nos anos 90 se tornaram intolerantes e não entendem seus anciãos que professam o cristianismo. Portanto, os idosos fogem, vão para longe de seus filhos e netos”, disse um morador de Mogadíscio, capital da Somália na época.
Atualmente já foram 29 pessoas mortas e 400 casas destruídas desde o final de maio desse ano. No último sábado cerca de dois mil cristãos se reuniram em Maputo, capital de Moçambique, para clamar a Deus pelo fim da violência e arrecadar fundos para auxiliar os cristãos perseguidos em Cabo Delgado.
“É nosso dever orar pelo próximo e garantir o seu bem-estar. Nós, como igreja, devemos nos unir e orar para que a paz prevaleça no nosso país”, declarou Tiago Manhiça, superintendente da Igreja Assembleia de Deus em Moçambique. Ele destacou o descaso do Governo em querer proteger os cristãos, fazendo um apelo para às autoridades:
“Apelamos, acima de tudo, para a tomada de medidas urgentes, com vista a acabar com o sofrimento dos nossos irmãos em Cabo Delgado”, disse ele.
A perseguição religiosa institucionalizada é uma das maiores dificuldades no país. Isto é, quando autoridades do Governo atuam como cúmplices dos acontecimentos, não apenas criando medidas que restringem a liberdade de culto, como ignorando o avanço do terrorismo contra populações específicas.
A intolerância religiosa contra os cristãos aumentou em 144 países no mundo nos últimos dez anos. Para saber mais sobre esse e outros dados, clique aqui. Com informações: Gospel Prime.