No dia 2 desse mês, um grupo terrorista associado à etnia Fulani invadiu o Colégio dos Gravadores na vila de Kakau Daji, na área do governo local do condado de Chikun, perto da cidade de Kaduna, na Nigéria, levando seis alunas e dois funcionários como reféns.
Shunom Giwa, vice-diretor do Engravers College, informou que o grupo de terroristas apareceu em seu estabelecimento já tendo como refém Joel Adamu, que é vice-diretor de estudos da escola.
“Quando eu descobri que a atenção deles estava no meu colega, eu simplesmente corri para o mato e, ao perceber que estava fugindo, eles atiraram em mim, mas felizmente não me pegaram”, disse Giwa. “Eles me procuraram sem sucesso e, quando não conseguiram me pegar, começaram a procurar onde estavam os alunos”.
“Quando nos recuperamos do choque do que havia acontecido, começamos a fazer uma contagem para saber quais alunos estavam faltando”, completou o vice-diretor, após constatar que seis alunas e outros dois funcionários foram levados como reféns.
A Engravers College possui um currículo baseado nos princípios cristãos, o que reforça a tese de que o grupo de terroristas agiu por motivação religiosa, já que os Fulani se tornaram conhecidos por se associarem ao grupo radical islâmico Boko Haram, que em 2014 sequestrou 276 alunas de uma escola internato no vilarejo nortista de Chibok.
Desde então, segundo um balanço divulgado pela Anistia Internacional em abril de 2015, estima-se que os terroristas islâmicos já sequestraram cerca de 2 mil mulheres em menos de um ano e assassinado pelo menos 5,5 mil civis em 300 invasões e ataques durante seu avanço no nordeste da Nigéria, informou o G1.
“Estamos confiando em Deus para a proteção dos cativos e esperando que eles sejam libertados sem serem feridas”, declarou Shunom Giwa, segundo informações do Christian Post.
Até o momento, os sequestradores do dia 2 pediram como resgate 30 milhões de nairas (US $ 82.327) por aluno. Segundo o porta-voz do Comando da Polícia Estadual de Kaduna, Yakubu Sabo, todos os esforços estão sendo realizados para localizar os terroristas e libertar os cativos.
“O Comando imediatamente mobilizou equipes combinadas de anti-seqüestro, SARS e polícia convencional para a área de possível resgate das vítimas para prender os autores do infeliz incidente”, disse ele.