A traficante Hello Kitty, que ganhou notoriedade fora do Rio de Janeiro após sua morte por conta da história dramática, queria ter abandonado o crime e voltado à igreja, segundo uma amiga.
A jovem de 21 anos morreu durante uma ação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ). Ela era considerada a mulher mais procurada do estado.
No tráfico, era braço direito de seu pai, Alessandro Luiz Vieira Moura, conhecido como Vinte Anos, também morto na mesma operação. No entanto, seu desejo seria voltar para a vida que levava na igreja quando tinha 15 anos.
“Eu não estava tentando levá-la para a igreja! Ela queria! As outras amigas falaram que ela não tinha mais jeito, mas ela já tinha me dito”, explicou a amiga, que pediu anonimato.
Como forma de embasar seu relato, ela mostrou trechos de uma das últimas conversas que manteve com Hello Kitty, que se chamava Rayane Nazareth Cardoso da Silveira.
No print de tela, a traficante enviou uma foto em que chorava e fazia um gesto de coração, em resposta ao convite da amiga para se reconciliar com Deus.
Em seguida, a amiga comenta: “O diabo investiu alto na sua vida, mas Deus escreve novamente uma história para ser lida com sucesso”.
Entretanto, o suposto desejo da traficante não pode ser concretizado, já que na última sexta-feira ela morreu em confronto com a Polícia. “Todos conheciam a Hello Kitty, mas poucos conheciam a Rayane! Ela era rodeada por vários que se diziam amigos, mas não eram p* nenhuma”, lamentou a amiga.
Na adolescência, quando frequentou cultos numa igreja evangélica por sugestão de amigos, ela descobriu ter talento musical.
Esse contato com a fé já era uma tentativa de escapar do tráfico, mas a experiência na congregação durou pouco tempo, e após engravidar, voltou a praticar crimes, segundo informações do Aventuras na História.