A Universidade Federal Fluminense UFF) tomou uma medida parcial para pôr fim ao clima de hostilidade que vinha ocorrendo de forma recorrente no campus da instituição e, na prática, proibiu os encontros de alunos cristãos que eram realizados pelo Movimento Cristão Universitário (MCU).
Oficialmente, a UFF não proibiu os encontros, mas uma medida dos institutos de Psicologia, História e Filosofia e Ciências Sociais, que baniram os encontros em seus espaços, que inviabilizou as reuniões dos alunos cristãos.
Todo o imbróglio começou quando alunos simpatizantes de movimentos de esquerda passaram a hostilizar os cristãos. Em grande parte, a animosidade se deve à antipatia dos militantes à figura de Sara Winter, ex-feminista que se converteu ao Evangelho e agora defende a luta contra o aborto.
Em entrevista concedida ao porta Pleno News, Sara Winter revelou que os professores da UFF não se sentem à vontade para permitir os encontros dos jovens cristãos, que debatiam o papel dos seguidores de Jesus na sociedade durante as reuniões.
“Agora, outros professores estão com medo de sofrer represálias se permitirem a atividade. O MCU não tem mais onde realizar os encontros e as aulas. Enquanto isso, vemos que a UFF abre espaço para a pré-candidata a deputada federal do PSOL Talíria Petrone lançar sua campanha. E nós, que queremos estudar o papel do cristão na sociedade, somos vetados, relatou Winter, que também é pré-candidata a deputada.
Segundo a jovem militante conservadora, quando os jovens membros do MCU agendam um encontro, as reuniões acontecem dentro de igrejas, shoppings, ou na clandestinidade no campus da UFF, às escondidas.
“Eu estou processando a reitoria da universidade por ter nos mantido reféns por sete horas sem atendimento médico ou alimentação. Também vamos processar todos que estão nos difamando e a indenização irá a entidades cristãs de assistência social”, afirmou a jovem universitária, a respeito do episódio de maior tensão, ocorrido no dia 27 de abril.
Sara Winter se disse “fortalecida” após o episódio, quando teve sua liberdade cerceada e mantida presa contra sua vontade: “Esse tipo de situação me fortalece, porque mostra que o trabalho que tenho feito é reconhecido, que incomoda aqueles que são inimigos da verdade, de Jesus, da família e da vida. Estou pronta para uma nova batalha ideológica, emocional e espiritual”.
Enquanto isso, a UFF – apesar de alegar que a decisão foi tomada por conta de provocações de ambos os lados – não proibiu os encontros de alunos ligados aos movimentos de esquerda.