Anos atrás, muitos não deram a devida importância aos alertas de especialistas e lideranças religiosas sobre os perigos da ideologia de gênero. Atualmente, o resultado é que em diversos ambientes os frutos desse movimento são cada vez mais visíveis, a exemplo dos “banheiros transgêneros“.
Diferentemente do tradicional, os banheiros transgêneros permitem que qualquer pessoa que se autoidentifica como sendo do gênero oposto ao seu sexo biológico, possa utilizar esses ambientes.
Portanto, um homem que se identifica como “trans” pode usar o banheiro ao lado das mulheres. Foi isso o que passou a adotar a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), após uma medida aprovada em setembro de 2021.
Segundo o Conselho Departamental do Centro de Educação da instituição, a medida teria como objetivo de “garantir o uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero nos prédios do Centro de Educação conforme o gênero que pessoas transexuais, travestis e transgêneros se reconhecem.”
O Conselho despreza em seu comunicado os determinantes biológicos que estão na raiz da sexualidade humana, os quais são definidos geneticamente. Assim, o órgão diz que não deve ser “imposto o uso deste ou daquele [banheiro] conforme o sexo biológico, mas respeitada a escolha de acordo com a identidade de gênero”.
Funcionários reagem
Para garantir a implementação dos banheiros transgêneros, a Universidade determinou a colocação de cartazes informando a mudança na porta dos toaletes, bem como a realização de cursos de orientação para os funcionários do estabelecimento.
A mudança, contudo, não agradou alguns funcionários, incluindo professores, que reclamaram da falta de tomada de decisão conjunta. Um dos servidores protestou, segundo a Gazeta do Povo:
“A questão do banheiro é biológica, não de orientação sexual. Como vamos proteger as meninas de abusos?”
Para a Campanha pelos Direitos Humanos das Mulheres, os banheiros transgêneros não garantem a segurança das mulheres, de fato, visto que a identidade de gênero é algo subjetivo, não mensurável e, portanto, não sujeita a testes objetivos capazes de comprová-la.
Em outras palavras, é possível cogitar que uma pessoa não precisa adotar um estereótipo trans para reivindicar o direito de utilizar banheiros transgêneros, já que a própria natureza do transexualismo não está atrelada a uma questão física, mas sim ao modo de se sentir e se enxergar.
“É impossível comprovar que um indivíduo tenha ou não uma ‘identidade de gênero’; não há exames para atestar isso”, diz a Campanha pelos Direitos Humanos das Mulheres.
O grupo defende que os transgêneros não se sintam ameaçados ou constrangidos em banheiros compatíveis como sexo biológico, mas entende que “a solução não é transferir esse mesmo constrangimento e sensação de ameaça para as meninas e mulheres” biológicas.