Desde sua estreia o filme Noé, de Darren Aronofsky, estrelado por Russell Crowe, Emma Watson e Jennifer Connely, tem sido alvo de uma série de críticas. Além dos que se manifestaram contra o filme por afirmar se tratar de uma produção ruim, uma multidão se levantou, sobretudo nas redes sociais, para criticar o fato de que o filme não é fiel ao relato bíblico.
Além das críticas dos evangélicos, o filme foi alvo também de uma crítica por parte do Vaticano, que em seu jornal oficial “Avvenire” criticou a produção afirmando ter se tratado de uma “oportunidade perdida” e destacou que o filme mostra um “Noé sem Deus”.
O texto publicado pelo jornal do Vaticano foi assinado pelo crítico Mimmo Muolo, que classificou a produção como “estranha” e “desconcertante”. Além disso, o crítico afirmou que, no filme, a história de Noé foi mostrada “de forma ecológica e vagamente ‘new age’, transformando o conto bíblico em uma chance desperdiçada”.
O filme, que chegou a ser proibido em países como Malásia, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Kuait e Indonésia, foi também classificado pela publicação do Vaticano como uma mistura do filme “Gladiador”, com as franquias “Harry Potter” e “Senhor dos Anéis”.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o ator Russel Crowe, o diretor Darren Aronofsky, o produtor Scott Franklin e o vice-presidente da Paramount, Rob Moore, chegaram a viajar para o Vaticano no início de Março para promover o filme. As informações são de que a comitiva representando o filme tenha tentado promover uma exibição particular como papa Francisco. Porém, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, informou não ter conhecimento do pedido.
Por Dan Martins, para o Gospel+