O novo filme da saga Star Wars foi criticado por um jornal semioficial do Vaticano, a sede da Igreja Católica, e considerado um longa-metragem mais afeito em agradar ao público do que divulgar bons valores e conceitos.
O jornal L’Osservatore Romano publicou a crítica, escrita por Emilio Ranzato, afirmando que o filme é “confuso” e teria perdido o “alento épico” representado nos filmes anteriores por ser uma “representação do mal”.
De acordo com informações da agência France Press, “Star Wars – O Despertar da Força” cede às “modas do momento e a um público mais acostumado à tela do computador do que a de salas de cinema”, e tenta “imitar as decisões do passado” narradas nos filmes anteriores, o que refletiria uma “megalomania conceitual”.
Para o jornal do Vaticano, os filmes produzidos entre 1977 e 1983 tinham uma história “suficientemente sólida”, explorando o “potencial icônico, inclusive arquétipo” da história de ficção criada por George Lucas. No entanto, o crítico do L’Osservatore Romano aponta que essas virtudes “já não existem” no atual título da saga.
Ao final, o crítico aponta que o roteiro atual sugere uma tentativa de “reforçar demais o lado negro, e o resultado é muito ruim”, e acrescenta que “a referência aos sistemas totalitários existentes [ao redor do mundo] é tão acentuada que beira o mau gosto”.
Oportunidade
Enquanto o novo filme de Star Wars bate recordes atrás de recordes, tornando-se a maior bilheteria de um fim de semana de estreia, com aproximadamente US$ 244 milhões arrecadados apenas nos Estados Unidos, uma igreja protestante da Alemanha aproveitou toda a atenção da mídia sobre o filme para fazer um culto temático da saga.
A ideia, de dois seminaristas, era atrair os fãs para um culto onde os conceitos do filme seriam comparados a passagens bíblicas, transformando a ocasião em uma oportunidade de evangelismo.