Desde que Marina Silva assumiu a disputa à Presidência pela chapa liderada pelo PSB, um dos assuntos que constantemente vêm à tona é o fato de a candidata ser evangélica. Em um esforço de desvincular a candidatura da Marina de uma suposta relação com grupos religiosos, o vice da chapa, Beto Albuquerque, veio a público defender a laicidade do estado, e afirmar que o governo do PSB não irá privilegiar nenhuma religião.
As afirmações de Albuquerque foram feitas durante ato de campanha no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, no último domingo (31).
– Não podemos fazer um governo desta ou daquela religião. Precisamos fazer um governo para os brasileiros. Nem a política deve mandar na religião, nem a religião na política. Temos que ser laicos – afirmou o candidato.
Segundo o portal R7, a defesa do candidato a vice ao estado laico seria uma resposta às criticas que a coligação vem recebendo de uma possível dependência da candidata em relação a grupos evangélicos mais conservadores. Tais críticas se tornaram ainda mais intensas após Marina Silva ter anunciado uma correção em trechos de seu programa de governo em relação aos direitos da comunidade LGBT.
Um dos principais motivos das críticas contra a candidata foi o fato de as mudanças em seu programa de governos terem sido anunciadas após ela ser duramente confrontada nas redes sociais por políticos da bancada evangélica e pastores como Silas Malafaia, que afirmou que “a candidata membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus”, estava fazendo “uma defesa vergonhosa da agenda gay”.
O comitê LGBT da campanha de Marina Silva também saiu em defesa da candidata, afirmando em nota oficial que realmente houve um erro na editoração do capítulo do que trata dos direitos dos homossexuais.
– Não vamos aceitar que uma falha de diagramação desqualifique nosso debate pela construção de uma nova política. Nossa luta é pela defesa do Estado laico e por um Brasil que respeite a todos – afirma o texto da nota.