A edição de ontem do programa humorístico CQC, da Band, apresentou uma matéria sobre a polêmica envolvendo o pastor Marco Feliciano e sua eleição para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.
O repórter Maurício Meirelles tentou entrevistar o pastor logo após a primeira sessão da CDHM que ele comandou como presidente. Em meio ao tumulto, o pastor voltou a negar que seja homofóbico e disse que suas palavras foram distorcidas.
A matéria afirma que o pastor estaria enfrentando um processo por estelionato no valor de R$ 100 mil, porém a matéria do G1 sobre o assunto afirma que a ação se trata sobre um contrato no valor de R$ 13 mil.
Momentos depois, quando o pastor caminhava nos corredores da Câmara, o repórter voltou a abordá-lo com perguntas sobre estelionato, racismo e homofobia. O pastor se manteve calado perante as perguntas do repórter.
Os seguranças interviram e não permitiram que Meirelles continuasse sua abordagem ao pastor: “Vocês viram que os seguranças não deixaram a gente passar, porque os seguranças servem o poderoso, nunca o povo. Consegui falar algumas coisas que estavam engasgadas”, disse o repórter.
O apresentador Marcelo Tas afirmou que a “abordagem crítica” do programa em relação ao pastor Marco Feliciano não se deve ao fato de ele ser um evangélico, e sim por um princípio de ser contra preconceito, radicalismo, “e principalmente pelo fato de ele ocupar um posto que exige equilíbrio”.
Vídeo: CQC com Pastor Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos e Minorias
“Renúncia”
A longa polêmica envolvendo o pastor acaba de ganhar uma prorrogação, devido à divulgação do vídeo em que o pastor ironiza a pressão dos ativistas gays e afirma que irá “renunciar”. O PSC anunciou através do líder de sua bancada, que irá se reunir para discutir a postura adotada por Feliciano, de contra-atacar os protestos.
“Já orientamos ele [Feliciano], e vamos reafirmar essa posição, de que agora é o momento de ele divulgar ações positivas, não de estar divulgando posicionamento de que não vai renunciar. Não concordamos com isso. É o momento de produzir e prestar contas à sociedade”, criticou o deputado André Moura (PSC-SE).
Segundo informações do G1, o deputado afirmou ainda que a postura de Feliciano deve ser de apresentar resultados com trabalho na CDHM: “Vamos discutir essa situação com ele [o vídeo postado no Youtube]. Nós entendemos que agora é um momento de distensionar, de produzir para a comissão. O pastor Marco Feliciano tem uma responsabilidade muito grande. No meu entendimento, muito maior do que a dos outros presidentes que já passaram por ali. Toda a opinião pública e toda a imprensa vão estar acompanhando cada passo dele”, afirmou o líder do PSC.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+