O depoimento de um fiel da Igreja Universal do Reino de Deus entregou detalhes do passado já confesso do bispo Rogério Formigoni, que lidera um trabalho de assistência a dependentes químicos na denominação.
O bispo conversava com um fiel, chamado Luciano “Farinha”, durante uma reunião da Universal e o rapaz contou que perdeu posses e a família para as drogas. Em determinado momento, o fiel passou a contar os excessos que ele e o bispo cometiam na juventude, há mais de 20 anos.
“Farinha” disse que Formigoni, que atendia pelo apelido de “Formigão”, era viciado em diversas drogas: “Usou muita droga comigo… Você, hoje bispo, Rogério Formigão… cheirou muito pó, fumou pedra, maconha, chá de cogumelo, lança [perfume]… farra nos motéis do meu tio, naquela propriedade do meu pai… Chegamos a comprar um quilo de cocaína pura. Maconha de quilo”, afirmou o fiel.
Ouvindo atentamente o depoimento do fiel, Formigoni ria das histórias, assentindo com a cabeça, e questionando o motivo de outro apelido pelo qual atendia, “cabeção”.
Luciano “Farinha” disse ainda que ele e o bispo faziam carreiras de cocaína “de metro” e que Formigoni “aguentava bastante” drogas.
O vídeo do testemunho de “Farinha” viralizou nas redes sociais, e gerou polêmica. O bispo Formigoni, que por vezes já relatou seu passado de abuso das drogas, já escreveu um livro, “A Última Pedra – Vícios têm Cura”, sobre sua libertação.
Assista:
Polêmica
Formigoni é atualmente investigado pelo Ministério Público por ter oferecido um pino de cocaína a um fiel durante uma reunião da Universal, como forma de provar que a oração o havia libertado do vício.
Os investigadores querem saber se a cocaína era de verdade e onde ela foi comprada. A situação é delicada porque, caso se comprove que o material era falso, a credibilidade dos depoimentos de dependentes que vão à igreja fica comprometida.