A repercussão internacional do caso em que um pastor neopentecostal da África do Sul induz os fiéis de sua igreja a comerem grama “para estarem mais perto de Deus” gerou indignação e críticas severas ao líder religioso.
Lesego Daniel é um ascendente líder religioso de Pretória, na África do Sul, e através dos cultos no Rabboni Centre Ministries, tem atraído multidões.
As imagens de pessoas jogadas ao chão comendo a relva por ordenança do pastor – que prega que uma pessoa pode sobreviver comendo qualquer coisa e sobreviver dessa forma – foram alvo da indignação popular.
“Isso é uma cena de filme… Isso não pode ser real. Deus criou os animais para comer grama e fez os seres humanos para dominar sobre os animais. Qualquer pessoa que reduz os seres humanos a animais definitivamente não é de Deus”, escreveu um internauta na página do Rabboni Centre Ministries no Facebook.
No entanto, os fiéis da igreja defendem os métodos de seu pastor, e alegam que a alimentação à base de mato tem propriedades milagrosas: “Eu não podia andar, mas logo depois de comer a grama, como o pastor tinha ordenado, eu comecei a ganhar força e uma hora mais tarde, eu podia andar de novo”, disse Doreen Kgatle, 27 anos.
Durante os cultos, o pastor ordena que os fiéis durmam, e após a sugestão, com a pessoa caída, Lesego Daniel desfere tapas e chutes para provar que estão num estado completo de inconsciência, e ainda sugere que o “poder” de fazer “dormir” pode ter outras aplicações:
“Você pode deixá-los assim durante seis meses. Eu amo isso, e dizer eu não quero ser aborrecido. Você pode até mesmo fazer a polícia ir dormir quando eles vêm para prendê-lo”, afirmou o pastor, segundo o repórter Malungelo Booi.
Após a repercussão das cenas bizarras de pessoas comendo mato, o pastor retirou as imagens da página do ministério no Facebook e publicou uma resposta às críticas: “Deus está trabalhando e seu povo esta testemunhando Seus feitos”.
Assista ao vídeo do culto onde fiéis são chutados pelo pastor e comem grama “para estarem mais perto de Deus”:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+