A Vigilância Sanitária interrompeu um culto na cidade de Morro Agudo (SP) no último sábado, 01 de maio, por considerar que o templo da Assembleia de Deus Leão de Israel estava lotado, apesar de os fiéis usarem máscaras e haver distanciamento entre os assentos.
O pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP) era o pregador da noite. Uma patrulha de fiscalização formada pela Vigilância Sanitária do município, localizado a 395 quilômetros de São Paulo, membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e policiais civis e militares interrompeu o culto por volta das 20h00.
A alegação da força-tarefa de fiscalização é que o culto descumpria as regras estabelecidas pelo governo estadual para atividades religiosas. Os fiéis dentro do templo haviam tido suas temperaturas medidas e usaram álcool em gel. No momento da interrupção, o culto já estava sendo realizado há uma hora e havia pessoas do lado de fora, acompanhando a pregação de Feliciano.
Segundo informações do portal Yahoo!, o pastor da igreja, Felippe Santos, havia determinado o bloqueio da entrada de novas pessoas no templo, usando uma fita de isolamento. Os fiscais o orientaram, então, a encerrar o culto e evacuar o templo em 20 minutos.
A congregação sofreu um auto de infração por descumprir as normas sanitárias do combate à pandemia de covid-19, chamadas de Plano São Paulo. O pastor, por seu lado, declarou não ser responsável pela aglomeração formada do lado de fora depois que o culto foi iniciado: “A igreja é pública, só que chegou muita gente. Mandamos até algumas pessoas irem para casa, mas o povo não quis e ficou do lado de fora por conta própria. Se eu mando embora, vem processo contra mim. As leis precisam ser respeitadas, mas cada pessoa tem que ter responsabilidade”, disse Felippe Santos.
Além disso, agora o Ministério Público paulista está investigando o pastor Marco Feliciano por conta de um convite feito por ele nas redes sociais aos fiéis: “Venha você e sua família, faça uma caravana”, teria dito o deputado federal.
A Promotoria orientou a Vigilância Sanitária e a comissão da OAB de fiscalização das normas contra a Covid-19 para estabelecerem um termo de compromisso com o pastor Felippe Santos, medida que foi acatada pelo dirigente da congregação.