Chandan Devi, de 35 anos, passou por um dos momentos mais difíceis da sua vida ao presenciar o momento exato em que o seu marido, o pastor Aadarsh, foi sequestrado da sua casa e levado para uma floresta, na Índia, onde foi brutalmente assassinado.
O casal liderava uma igreja cristã na mesma região onde atua o grupo insurgente naxalitas, também conhecidos como naxalitas ou Naxals. O grupo é responsável por um conflito armado envolvendo grupos maoistas e o Governo indiano.
Para os naxalitas, os cristãos atrapalham às atividades do grupo, por darem informações importantes ao investigadores quando são interrogados pelos rivais. O pastor Aadarsh, então, se tornou alvo por ser um líder religioso atuante na comunidade, onde ao menos 25 pessoas já tinha se convertido através do seu trabalho evangelístico.
Para calar o pastor, cerca de 30 naxalitas invadiram a sua casa dizendo que iriam matá-lo. A esposa do religioso não quis abandonar o marido mesmo sabendo qual seria o seu destino: “Eu os implorei para acabar com a minha vida também”, disse ela.
“Quando o arrastaram para fora de casa, eu me agarrei a ele. Mas eles me bateram no ombro e eu caí no chão. A porta fechou e eles desapareceram na floresta, onde Aadarsh foi assassinado”, disse Chandan, segundo a Portas Abertas.
Chandan foi visitada por uma equipe da Portas Abertas, que lhe deram assistência espiritual e social, já que ela estava debilitada e precisava de recursos.
Depois do incidente a viúva deixou tudo para trás, menos a sua fé, pois quando foi questionada pelos missionários se havia pensado em abandonar Jesus Cristo, ela disse que “preferiria morrer”.
“Após essa primeira visita, nós continuamos em contato com Chandan por telefone. Ela ainda se sente muito atormentada e pressionada. Um dos filhos casou e os outros três estão em um internato. Depois da morte do pastor Aadarsh, o irmão dele, Ajay, foi ameaçado pelos naxalitas várias vezes”, relata a Portas Abertas.
A organização pede aos cristãos em todo mundo que orem pela família de Chandan, especialmente por seus filhos, Rebecca de 21 anos, Raju, 17, David, 14 e Solomon, com 13 anos.
“Clame também por toda a pequena comunidade cristã ao redor deles, que também enfrenta muita pressão”, pede a entidade.