A onda de ataques contra os cristãos promovida por muçulmanos fundamentalistas, na Nigéria, parece estar fora de controle. Dessa vez, dois cristãos foram mortos ao caírem em uma emboscada, logo após saírem de um culto evangélico, segundo informações da Morning Star News divulgadas na última quarta-feira (14).
Ibrahim Weyi, 45, e Larry More de 53 anos, estavam retornando para casa após saírem da Igreja Evangélica Winning All, em Kwall, estado de Plateau. Ambos estavam em uma motocicleta quando foram surpreendidos pelos muçulmanos do grupo “Fulani”.
Samuel Weyi, de 23 anos, também sofreu o ataque, mas conseguiu escapar com vida. Ele é uma das dezenas de testemunhas que já foram vítimas do grupo “Fulani” na região, cada vez mais conhecido pela frequência dos ataques e a violência dos métodos de tortura e assassinato empregados por ele.
“Os fulanis continuaram matando cristãos inocentes em nossas aldeias, mas o governo nigeriano não tomou medidas proativas para acabar com o ataque”, disse o morador local Lawerence Zango.
A falta de combatividade do Governo Nigeriano é algo que está chamando atenção de outros líderes religiosos. Em um comunicado, a a Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria se mostrou indignada com o descaso das autoridades perante o aumento dos ataques terroristas:
“Estamos tristes. Estamos com raiva. Nos sentimos totalmente expostos e mais vulneráveis. Diante dessas nuvens escuras de medo e ansiedade, nosso pessoal está sendo cotado diariamente por alguns para se defender. Mas se defender com o quê?”, diz o comunicado, acrescentando que os bispos “se sentem violados e traídos em uma nação que todos nós continuamos a sacrificar e a orar. Nós nos sentimos abandonados e traídos coletivamente”.
Comentando os assassinatos de Ibrahim Weyi e Larry More, o pastor Sunday Zibeh, da Igreja Evangélica Winning All em Nzharuvo, destacou que 11 cristãos já foram mortos desde fevereiro pelo mesmo grupo islâmico. O religioso reforçou a crítica ao Presidente nigeriano:
“A triste realidade é que o governo nigeriano liderado pelo presidente Muhammadu Buhari, não agiu de forma alguma para acabar com esses ataques”, disse ele, segundo informações do Christian Post.