Chris Duran, cantor gospel que teve uma carreira bem-sucedida na música secular nos anos 1990, afirmou que considera um absurdo que artistas convertidos ao Evangelho continuem interpretando canções populares.
Na contramão de um movimento recente entre alguns cantores gospel, como Thalles Roberto – que anunciou que iria dedicar seu próximo álbum para o público não cristão – e Baby do Brasil, que voltou a cantar suas músicas da época em que integrava o grupo Novos Baianos, Duran frisou que não há possibilidade de interpretar músicas que não sejam gospel.
O artista francês, convertido em 2001, já acumula sete álbuns de música gospel: “Não me arrependo da minha carreira. Foi ela que me levou à Salvação. Ela foi necessária para que eu encontrasse a verdade. Me arrependo é dos pecados que cometi, do estilo de vida que levava”, contextualizou.
“Acho um absurdo certos cantores continuarem a cantar música secular. Jesus disse que numa fonte não jorra água doce e salgada. Posso até aparecer em programas seculares, mas firmando minha postura. O correto é fazer tudo para Deus”, afirmou o cantor, destacando seu “posicionamento radical”: “Não gravaria em hipótese alguma uma música romântica, sem chance. A finalidade dos homens não é trabalhar para si. É viver e trabalhar para Deus. Não se deve usar o dom recebido para ser bajulado”, frisou.
Hoje, aos 40 anos de idade, Duran afirma que também não aceitaria fazer um dueto com um padre-cantor: “Não creio no ecumenismo. Segundo a Bíblia, nem todos os caminhos levam a Deus […] Também não faria duetos com alguns evangélicos que não vivem de fato a palavra. Já vieram me procurar, mas não me interessei, por mais famoso que fosse. Não entrei no ramo gospel atrás de fama”, ponderou.
A conversão do hoje pastor aconteceu após um acidente de trânsito, quando voltava de um show com a cantora Gloria Estefan e o motorista dormiu, colidindo com um ônibus. A recuperação levou meses, e Chris Duran foi apresentado ao Evangelho nessa época.
Após se converter, Duran decidiu deixar a carreira: “Havia um vazio existencial dentro de mim, como acontece com quase todos os artistas […] O mundo em que eles vivem não é real, há muita bajulação. Eu vivia cercado por pessoas que não me completavam. Amy Winehouse, Whitney Houston… Por que tiveram um fim tão drástico mesmo com tanto sucesso? Porque ali havia um vazio. Procurei a Palavra para suprir minha vida”, resumiu, em entrevista ao site Ego.