O apóstolo Agenor Duque voltou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais ao publicar uma foto em que aparece vestido com uma roupa que simula pano de saco e uma coroa multicolorida.
O pano de saco, que no Velho Testamento representava um gesto de humilhação, contrastou com a folclórica coroa usada por Duque durante um culto da Igreja Plenitude do Trono de Deus, uma dissidência da Igreja Mundial do Poder de Deus. O apóstolo é conhecido por amaldiçoar quem discorda de suas pregações e o critica.
Os internautas não deixaram por menos a curiosa imagem publicada pelo perfil oficial da denominação e fizeram comentários que variaram entre críticas, piadas e defesa. Dentre os publicáveis, destacam-se os seguintes: “É tão janjão que se veste de pano de saco (símbolo de humilhação no A.T.), mas, põe uma coroa na cabeça! Contradição pura!!! Kkkk”, escreveu um internauta. “Fora o Nike no pé, né parceiro?”, acrescentou outro.
“Olha eu assisti a essa pregação dele ontem, e essa coroa na cabeça ele pegou ali na hora da ministração para fazer um exemplo, de quando Saul pecou e deu desculpas do seu erro, e quando Davi pecou e admitiu o erro, tirando a coroa e implorando para que Deus não retirasse o Espírito Santo da vida dele. Agora só acho que quem escolheu essa foto para postar fez pra causar mesmo, sabe que o povo fala… Não precisava postar, deu má impressão nas pessoas… Lamentável, porque a pregação foi maravilhosa”, defendeu uma usuária do Facebook.
Chacota
Recentemente, o pastor e escritor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança, produziu um artigo intitulado “A imbecilização da Igreja Brasileira”, onde critica as inovações apresentadas em diversas denominações neopentecostais.
“Vivemos dias complicados onde as verdades do cristianismo foram trocadas por conceitos de autoajuda e satisfação pessoal. Lamentavelmente, os palhaços que têm pregado nesse picadeiro chamado ‘igreja’ anunciam um cristianismo bufão, onde o que importa é que o cliente seja atendido em todas as suas necessidades. Nessa perspectiva os adeptos deste tipo de igreja têm promovido um tipo de ‘stand up gospel’ onde a proposta final é divertir o cliente. O pior disso tudo é que devido a ‘imbecilização’ da igreja brasileira, os crentes têm vibrado com esse pseudo-evangelho, chamando de fariseu e religioso todos aqueles que a eles se opõem”, criticou o pastor.
Vargens destaca ainda que essas denominações só se mantêm em crescimento porque encontram plateia: “Se por um lado tornou-se comum encontrar nas igrejas pastores que cheiram a Bíblia, que se vestem de pano de saco, que mergulham em lama, que descem em poços, que e que fazem atos proféticos imbecilizados, por outro, também é possível encontramos ‘crentes em Jesus’ felizes porque a igreja do Senhor se transformou num picadeiro”, concluiu.