A aprovação do projeto apelidado de “cura gay” na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados foi amplamente divulgado pela imprensa, e alvo de críticas por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Conselho Federal de Psicologia (CFP).
O pastor Silas Malafaia classificou a postura da imprensa na divulgação da notícia como “uma afronta à inteligência humana”. Grande parte dos veículos de comunicação transmitiu a ideia de que o projeto impõe aos psicólogos a obrigação de tentar reverter a preferência sexual de homossexuais. “A imprensa brasileira na sua grande maioria engole tudo o que o ativismo gay promove, como verdade absoluta, sem o mínimo de análise imparcial”, afirmou Malafaia.
“O projeto tem a ver com Direitos Humanos. Nenhuma entidade de classe profissional, religiosa ou quem quer que seja, pode impedir uma pessoa de buscar ajuda se ela assim desejar e decidir. O que o Conselho Federal de Psicologia fez ao impedir que psicólogos tratem de homossexuais que vão pedir ajuda sobre a sua sexualidade, é uma afronta a Constituição e a própria ciência. Por que um heterossexual pode pedir ajuda a um psicólogo sobre sua sexualidade e um homossexual não? Em que parâmetros científicos e também legais você pode impedir um profissional de ajudar quem o procura?”, questionou Malafaia, que também é psicólogo.
Segundo o pastor, a postura contrária ao projeto por parte do CFP se deve a uma ideologia política, e não segue parâmetros mundiais na área: “O Conselho Federal de Psicologia está ideologizado pelos ‘esquerdopatas’ e pelo movimento gay. Pasmem os senhores: nenhum conselho ou sociedade de psicologia no mundo tem uma resolução tão imbecil e esdrúxula como esta. Em nenhum lugar do mundo o psicólogo é impedido de tratar quem o procura. É vergonhoso ver as ciências humanas virarem ciências exatas e servir ao ativismo gay”, criticou.
Em seu texto, Malafaia resume sua crítica dizendo que houve distorção dos fatos: “A safadeza da questão é que querem passar para a sociedade como se alguém estivesse obrigando os homossexuais a mudarem o seu comportamento, porque todos nós sabemos que qualquer psicólogo e médico que queira impor um tratamento a uma pessoa que não o deseja, é passivo de punição”, escreveu.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+