Uma tentativa de legalizar o plantio domiciliar de maconha está inserida no projeto de lei 399-15, e parlamentares de apoio ao governo federal estão denunciando que, na prática, caso o texto seja aprovado no Congresso, resultará na legalização da droga no país.
O pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP) publicou um artigo alertando sobre os riscos que a alteração na legislação pode causar à sociedade, e fez uma ponderação sobre o uso medicinal de uma das substâncias presente na erva, o canabidiol.
“A sociedade civil organizada tem um compromisso histórico com as próximas gerações. Existem fortes interesses na legalização da maconha em nosso país, com a justificativa do uso medicinal de alguns princípios ativos da cannabis”, introduziu Feliciano.
Na visão do pastor pentecostal, as famílias “que dependem de remédios elaborados com canabidiol para minimizar os efeitos de algumas doenças em crianças” merecem ter sua demanda atendida, e por esse mesmo motivo, “o governo já sinalizou que fornecerá gratuitamente esses medicamentos a quem necessitar”.
Entretanto, o Projeto de Lei 399-15, do deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE) “propõe liberar a plantação de maconha em residências”, acusou Marco Feliciano. “O cultivo da planta seria permitido tanto para uso medicinal como recreativo. A ideia do deputado é liberar o cultivo de até 6 plantas de maconha em casa, obedecendo ao limite de 480 gramas anuais para a colheita e o consumo individual ou compartilhado, que deve restringir-se ao ambiente doméstico”, acrescentou o pastor.
Entre os opositores da proposta, uma pergunta continua sem resposta: “Se aprovado o PL, quem fiscalizará isso? Vamos nos transformar numa grande fazenda de produção de maconha, envergonhando-nos perante o mundo? A desculpa esfarrapada de que a legalização da maconha visa combater o crime organizado cai por terra sob a mais simples análise. Pelo contrário, o crime de tráfico sairia fortalecido, pois o monopólio será sempre do crime”.
“Qual é o cidadão de bem que se habilitaria a entrar num comércio de morte, com um exército cada vez maior de dependentes químicos que, a cada dia, juntam-se ao contingente de mortos-vivos das cracolândias que proliferam em todo país?”, questionou o pastor e deputado federal.
Marco Feliciano e outros deputados vêm se posicionando contra a iniciativa. Dentre os motivos, o pastor aponta para as tentativas de “destruir os valores familiares tradicionais” feitas pelos diferentes personagens dos partidos de esquerda ao longo dos anos.
“Devemos deixar para nossos netos um legado de respeito à vida, e vida com abundância, sem a destruição de valores familiares da nossa linda tradição judaico-cristã. Finalizo pedindo a todos que cerremos fileiras em defesa dos jovens vítimas do crime organizado, que movimenta bilhões do tráfico para cooptar pessoas em posições de destaque na sociedade para dar credibilidade às suas inconfessáveis intenções”, concluiu o pastor Marco Feliciano no artigo publicado pelo Pleno News.