A legalização da maconha é um tema que está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando o interesse da absoluta maioria dos brasileiros, segundo levantamento recente feito pelo Instituto Datafolha.
De acordo com a pesquisa, 72% dos brasileiros não concordam com a legalização dessa droga no Brasil. Quanto ao uso da cannabis para fins medicinais, por outro lado, 76% da população é favorável.
A pesquisa foi realizada com 2.016 pessoas maiores de 16 anos, em 139 municípios, entre os dias 12 e 13 desse mês. Os dados apontam um aumento da rejeição à legalização da maconha, quando comparado aos de 2018, quando 66% das pessoas se mostraram contrárias.
A opinião popular vai na contramão da tendência observada no STF, onde cinco dos onze ministros já votaram a favor da legalização da droga, havendo apenas um voto contrário até o momento. Como ainda restam cinco votantes, se apenas um deles for favorável, a descriminalização da maconha estará instituída no Brasil.
Maconha bíblica?
Recentemente, o pastor Caio Fábio chamou atenção ao sugerir que o “cânhamo” usado nas cerimônias no Templo de Salomão e na composição do incenso teria relação com a maconha.
“É importante entender que o cânhamo e a maconha são plantas da mesma espécie, a Cannabis sativa. No entanto, ambas são geneticamente distintas e geralmente utilizadas para finalidades diferentes”, disse ele.
Colunista do GospelMais, o teólogo e pastor Heuring Felix Motta escreveu um artigo para refutar Caio Fábio, onde explicou que “no caso do templo, a erva era queimada como incenso e exalava um perfume doce que tomava o ambiente.”
“Não existe registros bíblicos e históricos de que os sacerdotes fumavam e ficavam entorpecidos! A suposta conexão entre qaneh-bosem e a cannabis simplesmente não é real e o guru sabe, mas usa de malícia no seu raso argumento”, escreveu Motta.
E completou: “O guru verde é bem consciente da sua guerra contra o cristianismo. Ele não se importa com exegese, cuidado ou ética. Se precisar forçar uma ideia no texto para atender sua agenda narcisista, sua necessidade obsessiva de aparecer nas câmeras, faz sem senso moral e sem compromisso com os fracos na fé”.