O Partido Comunista da China (PCC) tem implementado novas estratégias de persuasão, intimidação e autoritarismo contra a população cristã no país, e não só contra esse público, mas contra todos que ousam questionar o regime ideológico que controla a vida no país desde o século passado.
Em março desse ano, o Departamento de Trabalho da Frente Unida de um comitê do condado da província de Jiangxi, publicou um documento exigindo que os agentes do Estado impeçam o crescimento dos locais de culto no país.
A ideia é que uma agenda de propagandas do governo seja utilizada como forma de ocupar o “território ideológico e o coração das pessoas”, visando a substituição da fé em Deus, mediante o Evangelho de Jesus Cristo, pelos ideais do Partido Comunista Chinês.
O comando de ordem dado aos agentes comunistas encarregados de avançar com o plano é: “Você não tem permissão para acreditar em Deus. Se você quer acreditar em algo, então acredite no Partido Comunista”.
Essa é a afirmação que eles devem repetir para a população, segundo informações da organização internacional Bitter Winter. Os cristãos que desobedecem o regime são ameaçados e seus locais de culto interditados ou mesmo destruídos.
O governo chinês considera que toda reunião “não legalizada” é uma ameaça ao Estado. Por outro lado, igrejas consideradas “legalizadas” deixam de ter a plena liberdade de culto, uma vez que são obrigadas a atender uma série de exigências, como a substituição de citações bíblicas por referências ao Partido Comunista.
A Bitter Winter contou, por exemplo, que uma igreja “clandestina” localizada no subdistrito de Jinyuan, em Yuanzhou, foi encontrada pelos agendes comunistas e seus membros forçados a assinarem um documento jurando obediência ao Partido.
“Farei o que o Partido ordena, farei tudo o que o Partido diz. Eu vou obedecer ao partido. De agora em diante, não vou mais realizar reuniões, não louvarei a Deus e não orarei a ele”, diz o texto do documento.
“Não tendo outro lugar, os crentes se encontraram em segredo sob a cornija de uma casa. Quando os oficiais os descobriram, eles ameaçaram demolir a casa se outras reuniões fossem realizadas e, assim, os fiéis foram forçados a procurar outro lugar secreto”, conclui o relatório. Assista: