Uma ação militar recente dos Estados Unidos realizada através de drones causou a morte de um líder talibã afegão, e a revolta dos extremistas islâmicos contra a intervenção externa poderá resultar em um grave aumento da perseguição religiosa a cristãos no país.
A morte do líder talibã mulá Akhtar Mohammad Mansur foi confirmada pelo porta-voz do Diretório de Segurança Nacional (NDS, na sigla em inglês) à agência de notícias EFE: “O líder morreu em um ataque aéreo na região de Dalbandin, no Baluchistão, no Paquistão”.
A atuação do talibã no Afeganistão acontece desde 1994, e a ação militar dos Estados Unidos no país, com apoio do governo local, procura combater o grupo extremista. Agora, com a morte do líder, seu sucessor será Mawlawi Hibatullah Akhundzada.
“Se já era difícil manter os acordos com eles, com a morte do líder do talibã é possível que o relacionamento entre os países fique mais tenso agora, porque o movimento fundamentalista islâmico vai reagir com violência”, comenta um dos analistas de perseguição ouvidos pela Missão Portas Abertas.
“Os cristãos estão cientes de que a pressão contra eles será ainda mais intensa, por isso, é provável que a igreja exista somente na esfera subterrânea daqui para frente”, acrescenta o especialista.
No país, as igrejas já não existe mais de maneira formal, e os cristãos se isolam em pequenos grupos para não chamar a atenção da comunidade muçulmana, que é maioria. O Afeganistão ocupa o quarto lugar na lista de 50 países que a Portas Abertas considera os piores para um cristão viver.
Ore pela Igreja Perseguida no Afeganistão. A lei local estima que cidadãos do sexo masculino com idade acima de 18 anos e do sexo feminino, a partir dos 16 anos, de mente sã, que se converterem a alguma religião que não seja o islã, têm até três dias para retratar a sua conversão, ou então estarão sujeitos à privação de todos os bens e posses, à anulação de seu casamento e até à morte por apedrejamento. O mesmo acontece quando o indivíduo é acusado por crime de blasfêmia.