Um a cada quatro cristãos do mundo é perseguido por conta de sua fé e o horizonte que se desenha é o de uma iniciativa de radicais islâmicos que pretendem eliminar os seguidores de Jesus do planeta. O alerta foi feito na última semana pela Igreja Ortodoxa Russa.
O bispo Hilarion Alfeyev, chefe do Departamento de Assuntos Eclesiásticos do Patriarcado de Moscou, revelou que “o número de países onde os cristãos são perseguidos dobrou entre 2007 e final de 2012”, e que atualmente, 25% dos convertidos ao Evangelho se sente perseguido.
“Hoje, um em cada quatro dos cristãos no mundo são discriminados em razão da religião (…) Isto não se resume a incidentes locais. É uma tendência que é registrada em várias regiões do mundo “, afirmou Alfeyev, de acordo com informações do site Ria Novosti.
O Oriente Médio segue como uma das regiões mais problemáticas, onde há um êxodo em massa dos cristãos. O principal foco de preocupação é a Síria, onde o início do conflito armado já resultou na morte de mais de mil cristãos e a destruição de aproximadamente 100 templos. Como resultado da guerra civil que o país atravessa, “mais de 600 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas”, disse o bispo.
“Radicais islâmicos planejam eliminar completamente os cristãos, e declaram abertamente que estão dispostos a cometerem qualquer crime para alcançar este objetivo”, urgiu Alfeyev.
No Egito, embora as novas autoridades tenham conseguido melhorar as relações entre diferentes credos, os cristãos ainda continuam sofrendo ataques dos radicais islâmicos. No Iraque, a população cristã foi reduzida a 10% do que era nos últimos anos, e no Paquistão frequentemente são aplicadas sanções contra os cristãos. Ataques semelhantes são registrados também em outros países, como a Nigéria, Líbia, Tanzânia e Somália.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+