Controlada pelo ditador Lukashenko, aliado do presidente russo Vladimir Putin, a Bielorrússia entrou para a lista dos países em observação pela organização Portas Abertas, dado ao número crescente de casos envolvendo perseguição religiosa aos cristãos evangélicos no país.
Recentemente, por exemplo, na cidade de Minsk, o templo de uma igreja foi completamente destruído por uma retroescavadeira. A ação foi concretizada pela empresa Capital Construction Management Company, ligada ao Comitê Executivo da Cidade.
O templo destruído foi da Igreja Pentecostal Nova Vida de Minsk, que já havia sido alvo de uma decisão proibindo a realização de cultos. Por causa disso, os cristãos perseguidos passaram a realizar as cerimônias no lado de fora do templo, no pátio, o que agora já se tornou impossível.
Desabafo
Líder da igreja, o pastor Vyacheslav Goncharenko fez um desabafo sobre o caso, frisando que Deus tem visto tudo o que está acontecendo, bem como “vê hoje nosso sofrimento, nossa dor. Ele vê também hoje a zombaria dos perversos. Ele vê sua blasfêmia”.
Até o momento, segundo informações do Evangelical Focus, não há qualquer explicação plausível sobre o motivo da destruição do templo, salvo a triste realidade da repressão político-religiosa no país.
Segundo a Portas Abertas, “o governo reprime todas as formas de oposição, o que inclui críticas a líderes religiosos” ligados à Igreja Ortodoxa Bielorrussa, chancelada pela ditadura e que não tolera a diversidade religiosa no país.
Cristãos convertidos ao evangelho de Jesus Cristo sofrem pressão dos familiares e outros agentes, muitas vezes de forma violenta. “As pessoas que deixam a igreja histórica são pressionadas pelo clero local, famílias e comunidade para retornar à fé dos ancestrais”, diz a Portas Abertas.
Ainda em seu desabafo, o pastor Goncharenko frisou que “o estado suprime tudo o que eles identificam como inimigo”, sendo essa uma característica marcante dos regimes ditatoriais. Assista:
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