O regime comunista de Cuba foi mais uma vez denunciado pela prática de perseguição religiosa, dessa vez pela Aliança Evangélica Mundial (WEA), após um comunicado publicado em seu site oficial relatar que líderes evangélicos foram impedidos de participar da última conferência internacional realizada entre os dias 7 e 12 de novembro.
“Os governos de Cuba e Argélia aumentaram a pressão sobre as igrejas e os líderes evangélicos de seus respectivos países, impedindo, direta ou indiretamente, que suas delegações pudessem viajar para participar da Assembléia”, diz comunicado.
O Secretário Geral da WEA, Bispo Efraim Tendero, lamentou a falta dos líderes evangélicos de Cuba e Argélia no encontro, onde estiveram representantes de 100 países na Indonésia discutindo estratégias em prol do evangelismo mundial.
Ficou evidente que a falta dos líderes de Cuba e Argélia não foi por razões que dependiam de suas vontades, mas sim da perseguição religiosa sofrida em seus países.
“Foi uma grande decepção saber que os líderes das alianças nacionais de Cuba e Argélia não puderam estar conosco nesta importante e tão esperada reunião. Eles fazem parte de nossa família mundial de mais de 600 milhões de evangélicos, e ambas as alianças são membros de pleno direito da WEA, que reconhecemos como organizações representativas de evangélicos em seus países ”, disse o bispo.
Em Cuba, a maioria das igrejas evangélicas não são reconhecidas, por isso são tratadas como organizações “ilegais”. Assim, seus líderes são vistos como ameaças ao regime comunista do país, uma visão compartilhada por nações como a China, Coreia do Norte e o Vietnã.
O bispo Efraim fez um apelo no comunicado da WEA para que o governo ditatorial cubano reconheça a legalidade das igrejas evangélicas membros da Aliança Evangélica Mundial.
“Pedimos ao governo cubano que conceda total reconhecimento à Aliança das Igrejas Evangélicas de Cuba, que cesse o assédio e a discriminação contra seus líderes e igrejas e que reconheça a influência positiva que os evangélicos exercem sobre a sociedade cubana e nas vizinhanças”, escreveu ele.