Ser um cristão com a liberdade de poder expressar livremente a própria fé parece algo cada vez mais intimidador no mundo atual, o que pode ser observado através de acontecimentos como o cerceamento de usar uma simples máscara de proteção facial com a frase “Jesus me ama”.
Isso aconteceu com uma aluna da terceira série do Mississippi, nos Estados Unidos. Cumprindo a determinação de utilizar máscara de proteção, ela foi para o colégio usando o acessório, mas a frase “Jesus me ama” chamou atenção dos funcionários do estabelecimento, que obrigaram ela a retirar.
Segundo o superintendente Greg Paes, o motivo seria porque a escola possui uma política em que proíbe o uso de expressões religiosas, políticas ou quaisquer outras que possam ser “distrativas para o ambiente escolar.”
“As máscaras não podem exibir símbolos, gestos ou declarações políticas, religiosas, sexuais ou inadequadas que possam ser ofensivas, perturbadoras ou consideradas distrativas para o ambiente escolar”, escreveu Paes em uma nota enviada aos pais e alunos, segundo dados de uma ação judicial que foi movida contra a escola.
A defesa da aluna é feita pela organização Alliance Defending Freedom, que atua no país em defesa da liberdade religiosa. A entidade argumenta que o uso de máscara com outras mensagens não é proibido, inclusive do polêmico movimento ‘Black Lives Matter’, o que revelaria discriminação para com a frase cristã.
“Os réus permitem que os alunos da SCS usem máscaras e outras roupas com uma grande variedade de mensagens expressivas durante a escola, incluindo ‘Black Lives Matter’ e máscaras e camisetas promovendo muitos times esportivos”, diz a ADF.
Michael Ross, conselheiro jurídico da ADF, lembrou que todo cidadão americano possui o direito à liberdade de expressão garantido pela Constituição do país, o que significa que políticas internas não podem suplantar um direito maior, desde que esse não atente contra outros direitos.
“Enquanto os administradores escolares enfrentam desafios para ajudar os alunos a navegar pela vida escolar durante uma pandemia, esses funcionários simplesmente não podem suspender a Primeira Emenda ou escolher arbitrariamente as mensagens que os alunos podem ou não podem expressar”, afirmou Ross.