Caio Fábio, líder emérito da igreja Caminho da Graça, comentou a decisão de Jean Wyllys (PSOL) em renunciar ao mandato de deputado federal e deixar o Brasil por conta de ameaças que ele teria recebido contra sua vida, e disse que passou por situação semelhante quando expunha desvios teológicos do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.
“Geralmente, quem recebe ameaça de morte está recebendo trote da maldade, porque quem quer matar não manda recado“, comentou Caio Fábio em seu canal no YouTube.
Como forma de conceituar seu argumento, o reverendo contou alguns episódios em que recebeu ameaças de morte, algumas delas antes de se entregar a Jesus Cristo, e outras por conta de suas críticas intensas à teologia da Universal e à corrupção na “banda podre da polícia”.
Fábio afirmou que recebia “25 a 30 ameaças por dia” gravadas na secretária eletrônica da sede da extinta revista Vinde por conta de suas críticas a Edir Macedo. “Eu nunca mudei um compromisso, nunca levei segurança, sempre andei sozinho, nunca me armei, nunca nada!”, disparou.
Entretanto, em uma delas, quando estava envolto no escândalo do dossiê Cayman, admitiu que “tremeu” por causa dos detalhes de sua vida e da promessa de fazer mal a seus filhos: “Nesse dia meu coração tremeu porque eu sabia que era um pessoal que estava só dando de fato um aviso para não realizar o que queriam fazer”.
Por fim, falando novamente de Jean Wyllys, Caio Fábio resumiu o melancólico final de carreira política do ex-deputado: “O BBB acabou, essa é que é a realidade. O Big Brother acabou para ele, e ele está fazendo o que ele acha que é melhor”.