Quando a maioria das pessoas pensam em perseguição religiosa, elas imaginam cristãos sendo torturados, presos e até mortos por causa da fé em Jesus Cristo. Isso é verdade, porque realmente acontece em várias regiões do planeta. No entanto, há também outra forma de perseguição, que é a sistêmica.
A perseguição religiosa sistêmica envolve um conjunto de ferramentas que, juntas, visam suprimir a liberdade de crença. Os meios de comunicação, a cultura e a educação em massa, por exemplo, fazem parte desse tipo de restrição da fé.
A remoção de um anúncio cristão que falava sobre o pecado da homossexualidade à luz da Bíblia, no YouTube, é um exemplo perfeito disso. Este caso, ocorrido em 2018 e agora denunciado pelo Daily Caller News Foundation, mostra que para ser um cristão perseguido não é necessário viver em países como a Coreia do Norte ou na China. Basta pregar a verdade bíblica.
No caso em questão, um anúncio feito pelo apresentador da Rádio Judeu Messiânica, Michael Brown, foi removido do YouTube, empresa que pertence ao Google, por supostamente ser considerado “homofóbico”.
O vídeo, no entanto, que tinha como título “Você pode ser gay e ser um cristão?”, apenas explicava qual é o ensinamento da Bíblia sobre o comportamento homossexual, algo que desagradou alguns funcionários do Google.
“Depois de várias revisões cuidadosas ao longo de alguns dias, nossas equipes decidiram remover o anúncio em questão, pois isso viola nossa política”, declarou Vishal Sharma, que é vice-presidente de gerenciamento de produtos e anúncios do Google, segundo a denúncia feita pelo Daily Caller.
“Comunicamos isso ao anunciante e entramos em contato com criadores de conteúdo que participaram ativamente desse problema”, completou.
Um dos maiores portais cristãos dos Estados Unidos, o Christian Post, entrou em contato com o Google para obter esclarecimentos a cerca das supostas violações, mas não teve resposta.
O apresentador Brown, no entanto, explicou ao Daily Caller que apenas exerceu sua liberdade de expressão, intelectual e de crença religiosa, ao expor o conteúdo bíblico que condena a prática homossexual.
“Eu não menosprezei ninguém no vídeo. Nem uma vez ”, disse ele. “Eu simplesmente declarei o que a Palavra de Deus diz, simples, clara e diretamente”.
Brown também explicou que a homossexualidade é um pecado assim como qualquer outro, como o adultério e a fornicação, por exemplo, e que a condenação bíblica recai sobre a prática, que é uma escolha, e não sobre a tentação sexual.
“No vídeo deixei claro que ninguém é condenado por ter sentimentos ou atrações. A questão é se agimos atendendo esses sentimentos ou atrações. E isso, na verdade, é uma escolha nossa”, conclui.