“Lacração” é a gíria que as gerações Y e Z vem usando para referir-se a um discurso politicamente correto e, supostamente, irrefutável. E uma tentativa de “lacrar” da cantora Ariana Grande, fazendo coro ao movimento feminista extremista, gerou um revés à artista entre seus próprios seguidores nas redes sociais.
A artista pop norte-americana se tornou mais conhecida do público fora de seu nicho de atuação após o atentado terrorista do Estado Islâmico em Manchester, quando 22 pessoas morreram e 59 ficaram feridas em uma casa de show onde ela estava se apresentando.
Na última sexta-feira, 13 de julho, Ariana divulgou sua nova música, God Is A Woman (“Deus é uma mulher”, em português). A faixa é parte do repertório do álbum “Sweetner” e nos Estados Unidos, muitos fãs criticaram o uso ideológico da figura divina.
De acordo com informações do jornal Extra, um dos fãs da cantora foi bastante objetivo: “Pare com a blasfêmia. Deus é Deus”, afirmou. “Não, Ele (Deus) não é (uma mulher)”, escreveu outro, fazendo coro.
“Isso é tão desrespeitoso. Não seja assim só porque você é uma celebridade, Ariana”, disse outra fã da cantora, nos comentários da publicação no perfil da revista Elle no Instagram. A imagem da cantora aparece na capa da publicação, com o título da música “lacradora”.
Embora outros fãs tenham saído em defesa da artista, argumentando que Deus não tem gênero e que há religiões que se referem a divindades no feminino, chamou atenção a militância da cantora brasileira Elza Soares, que partiu para o ataque contra os críticos: “Que plantem batatas”, disse a veterana artista, que recentemente lançou um álbum referindo-se a Deus no feminino.
A música ganhou um clipe, em que Ariana Grande interpreta um papel de divindade recriando obras que a tradição religiosa atribuem a Deus. A direção do vídeo é de Dave Meyers, vencedor de um Grammy.