A polêmica em torno das reuniões do prefeito Marcelo Crivella (PRB), no Rio de Janeiro, ganhou um novo episódio com uma nota da Prefeitura do Rio de Janeiro acusando a imprensa de induzir a Justiça ao erro. Recentemente, o juiz Rafael Cavalcanti Cruz atendeu solicitação do Ministério Público e impôs limitações à atuação do mandatário.
Na nota, a prefeitura pontua que os pontos elencados na decisão judicial “não guardam correlação com a atuação da administração municipal, que tem primado pela inclusão e pelo aumento de oportunidades para todos”. A atual polêmica surgiu de uma matéria do jornal O Globo, feroz opositor de Crivella por sua ligação com a Igreja Universal do Reino de Deus.
De acordo com informações da Agência Brasil, a nota também informa que irá “esclarecer todas as dúvidas eventualmente apontadas” sobre a atuação de Marcelo Crivella. “Um prefeito democraticamente eleito pelo voto popular não pode ser afastado de suas funções de forma preventiva, salvo por decisão do Poder Legislativo ou no caso de haver prejuízo para a apuração, circunstância reconhecidamente inexistente até pela própria decisão”.
O jornalista Ancelmo Góis, colunista de O Globo, publicou nota informando que o prefeito está empenhado em evidenciar que não tem privilegiado lideranças evangélicas à frente de seu mandato.
“Para mostrar que não privilegia só os evangélicos, Crivella convocou uma reunião com a comunidade judaica, quinta, no Palácio da Cidade (mais trabalho para a Márcia). Agora, só falta marcar encontros com os adeptos de umbanda, islamismo, bahá, budismo, catolicismo, neopaganismo, espíritas e ateus (por que não?)”, ironizou Góis, um dos mais ácidos críticos de Crivella à frente da prefeitura.