Os ataques terroristas do Boko Haram começam a tomar contornos de genocídio na Nigéria. No último domingo, um novo atentado dos extremistas muçulmanos resultou na morte de 32 pessoas.
Segundo informações das agências de notícias internacionais, houve também o sequestro de mais de 100 pessoas na cidade de Gumsuri, de acordo com relatos de uma testemunha e duas fontes oficiais.
“Depois de matarem os nossos jovens, os rebeldes levaram as nossas mulheres e filhas”, afirmou Mukhtar Buba, sobrevivente do ataque em Gumsuri e refugiado em Maiduguri, capital do estado de Borno.
O governo nigeriano estima que, somente em 2014, o Boko Haram tenha matado mais de três mil pessoas, a maioria cristãos.
As informações sobre o ataque mais recente só puderam ser confirmadas após o restabelecimento da rede de telefonia da região na última quinta-feira, 18 de dezembro. Um raio de 70 km havia ficado incomunicável desde domingo. A derrubada dos meios de comunicação vem se tornando uma das principais características dos atentados do Boko Haram.
Sequestros
O objetivo do Boko Haram é extinguir o cristianismo na Nigéria e fundar um califado no país, para que as leis muçulmanas substituíssem a Constituição.
A estratégia dos radicais islâmicos é matar todos os cristãos e sequestrar suas mulheres e filhas, obrigando-as a se converter à fé muçulmana em cativeiro, para que se casem com os soldados do grupo terrorista.
As que se recusam, são estupradas e/ou vendidas no mercado de escravas sexuais. Relatos desse tipo foram feitos durante as investigações do episódio de sequestro de mais de 270 estudantes, meses atrás.