O atentado terrorista registrado ontem na cidade de Orlando, Flórida (EUA), foi reconhecido pelo Estado Islâmico como uma ação do grupo em solo norte-americano. No ataque à boate gay, 50 pessoas perderam a vida, e ao menos outras 53 ficaram feridas.
Orlando é um reduto latino na Flórida e também é conhecida por abrigar os parques de diversão da Disney.
“O ataque armado cometido em uma boate de homossexuais na cidade de Orlando, no Estado americano da Flórida (…) foi cometido por um combatente do Estado Islâmico”, afirmaram os terroristas em um comunicado divulgado pela agência Amaq, ligada ao grupo extremista.
O atentado já é considerado o pior ataque armado contra civis da história dos Estados Unidos. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o homem que atacou as pessoas na boate gay era Omar Saddiqui Mateen, um muçulmano nascido nos Estados Unidos e filho de pais afegãos.
Por volta das 02h00 da madrugada de domingo, ele trancou as portas da boate, e abriu fogo contra os frequentadores usando um rifle de assalto e uma pistola. Ele permaneceu atirando até ser morto pelos policiais.
A rede de TV NBC News informou que antes de abrir fogo, Mateen ligou para o serviço de emergência e disse que faria o ataque, jurando lealdade ao Estado Islâmico.
Nas redes sociais, o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) aproveitou a tragédia para atacar os cristãos evangélicos brasileiros que se opõem às suas bandeiras ou enxergam a homossexualidade como pecado.
“Fosse ou não Omar Saddiqui Mateen integrante de algum grupo islâmico radical específico, o fundamentalismo religioso (islâmico nesse caso, mas que existe também em outras religiões, como bem sabemos no Brasil) está na origem do ódio que leva pessoas em diferentes lugares do mundo, inclusive pessoas comuns que nunca suspeitaríamos que fossem capazes de fazer isso, a exercer as formas mais cruéis e desumanas de violência contra as pessoas LGBT”, escreveu.
De forma mais direta, Wyllys atacou lideranças cristãs e políticos conhecidos como “de direita”, alegando que a oposição ao ativismo LGBT é capaz de gerar, nos evangélicos, o mesmo tipo de extremismo,
“Quando criticamos os discursos de ódio dos ‘bolsomitos’ e ‘malafaias’ e ‘felicianos’ e ‘euricos’ e das ‘marisas lobos’ e ‘ana paulas valadões’ da vida e dos legislativo contra gays, lésbicas e transexuais, estamos pensando justamente no quanto o discurso de ódio proferido por essas pessoas – agora em alta porque aliados dos golpistas que tomaram a presidência da República – pode levar pessoas ‘de bem’ a praticar atos de violência física – assassinatos e agressões físicas – contra membros da comunidade LGBT”, disparou Wyllys.
O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) lamentou o ato terrorista e a postura do colega de parlamento: “É lamentável o grau de psicopatia dos seres humanos neste século. O EI é responsável também pelo assassinato de mais de 150 mil cristãos. E infelizmente o deputado ex-BBB me ataca, e também ataca outros cristãos dizendo ser nossa culpa, mas ele nunca se pronunciou sobre estas mortes. Para ele, cristãos são uma subespécie e não merecem atenção”, escreveu em sua página.
Feliciano também disse que a inspiração para o atentado vem de um grupo que defende a erradicação dos cristãos e judeus, e lembrou que existe um projeto de lei, de autoria de Jean Wyllys, que quer tornar obrigatório o ensino do islamismo nas escolas públicas brasileiras.
“A quem interessar, leia o PL 1780/11 no Art 26-B diz ‘… TORNA-SE OBRIGATÓRIO O ENSINO SOBRE A CULTURA ÁRABE E A TRADIÇÃO ISLÂMICA’. Este Projeto de Lei é do deputado ex-BBB – não insinuo, apenas comunico. E pesem as palavras deste boçal lhama-cuspidora, que como abutre se nutre da morte alheia”, criticou o pastor.
“Como poucos têm acesso às leis, o projeto de lei do ex-BBB está aí abaixo. Lembrando que segundo a imprensa o atirador pertence ao EL Estado Islâmico, ala radical do Islã. Lamento a morte destas pessoas que Deus conforte suas famílias, em oração peço que haja paz neste mundo. E ao ex-BBB peço, MENOS ÓDIO e seja mais sério, mais responsável com suas postagens”, concluiu Feliciano.