O caso da atriz Seyi Omooba, que foi demitida de uma peça de teatro por conta de sua crença bíblica a respeito da homossexualidade, sofreu duas derrotas judiciais, sendo que na mais recente, terminou condenada a pagar mais de £ 300 mil.
O imbróglio jurídico começou em setembro de 2019, quando Seyi Omooba decidiu abrir um processo contra seus antigos empregadores por se considerar vítima de perseguição religiosa.
Ela havia sido escalada em março do mesmo ano para atuar no papel principal da peça The Color Purple, mas foi demitida no dia seguinte depois que um colega de elenco resgatou uma publicação dela no Facebook, de cinco anos antes, em que ela falava sobre sua visão embasada na Bíblia sobre a homossexualidade.
Em fevereiro último, um tribunal do trabalho negou o pedido de discriminação religiosa feito pela atriz. Agora, em outra decisão, a atriz foi condenada a pagar os custos legais do teatro no processo, assim como de sua ex-agência: £ 260 mil e £ 54 mil, respectivamente. A soma, £ 314 mil, representa algo em torno de R$ 2,4 milhões na cotação atual.
De acordo com informações do The Times, Andrea Williams, diretora executiva da Christian Concern, um grupo de defesa da liberdade religiosa no Reino Unido, comentou o caso de Seyi Omooba classificando-o como “mais um exemplo de censura e discriminação anticristãs na Grã-Bretanha moderna”.
O valor determinado pela Justiça, segundo Andrea, é exorbitante: “Os custos que eles estão pedindo são 15 vezes maiores do que os custos normais de defesa de um caso no Tribunal”, afirmou, acrescentando e que a Global Artists e o Teatro Curve realizaram uma campanha, “angariando apoio do movimento vociferante do ‘LGBTQ + e aliados’, e contrataram advogados agressivos, de peso pesado”.
“O Tribunal efetivamente aderiu à campanha de ‘cancelamento’ de Seyi por suas crenças cristãs. Ela e nós não estamos intimidados e apelamos desse julgamento chocante que é uma farsa da realidade”, acrescentou.