O pastor Franklin Graham venceu mais uma batalha judicial iniciada contra ele por ativistas de uma cidade na Inglaterra, e a entidade missionária liderada por ele poderá realizar o evento Evangelístico como parte de um acordo assinado pela militância LGBT.
O pastor, que lidera a Associação Evangelística Billy Graham, fundada por seu pai, já havia vencido outra batalha judicial similar na cidade de Blackpool, também na Inglaterra, com o conselho municipal (uma espécie de Câmara de vereadores), aprovando uma indenização à entidade.
O caso atual envolve a cidade de Sheffield, onde Franklin Graham pregaria em um evento evangelístico, mas foi impedido por conta das ações judiciais movidas pela militância LGBT e que se arrastaram por quase dois anos.
Quando o evento foi anunciado, Franklin Graham foi acusado de ter visões “homofóbicas” por ser defensor do casamento bíblico. Em resposta, o pastor afirmou que a mensagem cristã “não faz mal a ninguém”.
O evento, que seria realizado em junho passado, conta com apoio de mais de duas mil igrejas na Grã-Bretanha e deverá ocorrer em 25 de maio de 2022, após a resolução da batalha judicial com o conselho municipal de Sheffield, segundo informações do portal WND.
A polêmica
“Grupos comunitários” formados pela militância LGBT procuraram o conselho de Sheffield logo após o anúncio do evento com Franklin Graham para pedir sua proibição. Os conselheiros, equivalentes aos vereadores no Brasil, acataram o pedido juntamente com os administradores do centro de eventos.
Dessa forma, a Associação Evangelística Billy Graham (BGEA), na sigla em inglês, buscou a Justiça para recorrer da decisão. Com o andar do processo, o conselho de Sheffield decidiu aceitar um acordo que autorizou a pregação de Franklin Graham.
“As partes estão satisfeitas porque a disputa foi resolvida e estão satisfeitas com os termos confidenciais acordados […] Como parte desse acordo, a BGEA tem o direito de realizar seu evento na Sheffield Arena e este evento foi agendado para 25 de maio de 2022”, diz um comunicado dos conselheiros municipais.
Questionado pela imprensa local se um “acordo financeiro” fazia parte da resolução, o porta-voz do conselho de Sheffield evitou dar detalhes: “As partes, sem admissão de responsabilidade, concordaram com os termos confidenciais para a solução da controvérsia”.
A vitória da BGEA contra a censura que a militância LGBT tentava impor ao pastor usou como argumento o fato de que nenhum evento envolvendo Graham “jamais causou um perigo à segurança pública ou incitou a desordem pública”.
“Não há dúvida de que [o cancelamento] foi feito sob pressão daqueles com pontos de vista opostos […] Esse desrespeito aos princípios de boa fé e tratamento justo, baseado na mera sugestão de que as opiniões ou declarações religiosas de uma pessoa são ‘odiosas’ ou resultariam em desordem pública, deve ser muito alarmante para qualquer pessoa genuinamente preocupada com a diversidade, inclusão e tolerância, muito menos a liberdade de expressão e o livre exercício de crenças religiosas”, acrescentou a BGEA.
Atualmente, Franklin Graham, 69 anos, se recupera de uma cirurgia cardíaca realizada na última segunda-feira, 08 de novembro, para corrigir uma pericardite constritiva, inflamação e endurecimento da bolsa ao redor do coração. O procedimento foi bem-sucedido e o pastor já iniciou a recuperação.