Uma rede de fast-food que enfrentou a fúria dos militantes LGBT há quatro anos por manter uma postura de desacordo com a homossexualidade, tornou-se uma das empresas que tem oferecido suporte às vítimas do atentado terrorista em Orlando, Flórida (EUA).
Empresas da cidade se mobilizaram para ajudar, de alguma forma, as vítimas e seus familiares, e a rede Chick-fil-A, especializada em frango, abriu as portas no último domingo, 12 de junho, para doar lanches e chá gelado aos moradores da cidade que foram doar sangue às vítimas. Tradicionalmente, domingo é um dia que os restaurantes da rede não abrem as portas.
A Chick-fil-A é uma empresa fundada por uma família cristã, e há quatro anos esteve sob intensas críticas de ativistas gays por defender o casamento tradicional. De acordo com informações do Gazette, muitos militantes LGBT incentivaram o boicote à empresa por considerar o apoio ao casamento tradicional um gesto de homofobia.
Vianna Vaughan, colunista do jornal DC Daily, elogiou a ação da empresa e comentou as acusações de homofobia: “Mas, espere, essas pessoas estavam esperando para doar sangue para as vítimas que eram principalmente pessoas homossexuais. A Chick-fil-A não odiava os gays? Pelo menos é isso é o que continuam dizendo por aí”, ironizou. “Acontece que, ao mesmo tempo que os fundadores definitivamente não aprovariam a escolha do estilo de vida, eles acreditam na compaixão. Quem sabia disso?”, acrescentou a jornalista.
Além da rede de fast-food, outras empresas também se mobilizaram para ajudar a contornar a tragédia. A companhia aérea JetBlue doou passagens para familiares das vítimas irem à cidade, visitar os parentes hospitalizados ou resolver as burocracias para o funeral dos mortos.
“Queremos fazer a nossa parte para ajudar as vítimas desta tragédia, bem como apoiar a comunidade de Orlando através deste momento difícil”, disse a empresa de aviação em sua página na internet.