O extremismo do grupo islâmico Boko Haram já resultou na morte de mais de 13 mil pessoas na Nigéria desde 2009. Na última quinta-feira, 26 de fevereiro, outras 35 pessoas perderam a vida em atentados suicidas nas cidades de Biu e Jos.
Biu fica localizada no nordeste da Nigéria, enquanto Jos está no centro do país. As ações terroristas foram postas em prática enquanto o presidente Goodluck Jonathan visitava a região de Baga, onde em janeiro morreram centenas de pessoas em um ataque do Boko Haram.
Segundo informações da agência France Presse, o primeiro ataque deixou ao menos 18 mortos após um homem-bomba detonar os explosivos. Outro terrorista morreu baleado por policiais antes de acionar seu colete com a bomba.
Já o segundo atentado teve como alvo um terminal rodoviário em Jos, e as duas explosões deixaram 17 mortos, segundo as testemunhas e militares. A cidade é a capital do estado de Plateau e tem sofrido diversos ataques dos militantes do Boko Haram.
As 35 mortes da quinta-feira somam-se às 51 vítimas fatais de outros dois atentados perpetrados na terça, 24 de fevereiro, na cidade de Kano, considerada a mais importante do norte da Nigéria, e em em Potiskum, região de comércio no estado de Yobe.
O presidente nigeriano disse, em sua visita a Baga, que a forma de agir do Boko Haram está mudando, e que até agora, o governo do país estima em 13 mil a quantidade de pessoas que perderam a vida. Outros 1,5 milhão de cidadãos nigerianos estão refugiados.
A Nigéria teria eleições presidenciais e legislativas no último dia 14 de fevereiro, porém o pleito foi adiado para que o Exército do país pudesse ampliar suas ofensivas contra os terroristas e garantir a segurança de comícios e da votação.
O Boko Haram declara que sua intenção é exterminar o cristianismo da Nigéria, derrubar o atual governo e estabelecer um califado no país.