A visão cristã sobre a sexualidade parece ser, nos dias atuais, um absurdo aos olhos da sociedade doutrinada pelo politicamente correto que impõe a liberdade sexual acima da liberdade de expressão.
Nos Estados Unidos, um bombeiro que se expressou sobre o tema foi afastado de seu serviço sem direito a salário. Kelvin Cochran, chefe de um batalhão em Atlanta, publicou um livro sobre como a homossexualidade é enxergada a partir do Evangelho, e a postura de seus superiores na corporação foi tirá-lo de atividade por 30 dias, além de obrigá-lo a passar por um treinamento de sensibilidade quando voltar ao serviço.
No livro “Quem disse que você está nu?”, Kelvin diz que a homossexualidade é uma “perversão sexual” e a compara à “bestialidade”.
O bombeiro escritor é chefe de batalhão desde 2008 e terminou punido por causa de denúncias feitas por outros colegas de serviço, que consideraram que ele teria violado regras, segundo informações do Washington Post.
“Fiquei surpreso e desapontado ao saber deste livro. Eu discordo totalmente disso e estou profundamente indignado com os sentimentos expressos no livro em relação à comunidade LGBT. Não vou tolerar qualquer tipo de discriminação dentro do meu governo”, disse o prefeito da cidade, Kasim Reed.
De acordo com o político, as ideias do bombeiro são incompatíveis com os princípios da cidade: “Eu quero esclarecer que o conteúdo do livro do chefe Cochran não representa as minhas crenças pessoais, e é incompatível com o trabalho da administração para fazer de Atlanta uma cidade mais acolhedora para todos os seus cidadãos, independentemente da sua orientação sexual, gênero, raça e crenças religiosas”, criticou o prefeito.
No entanto, a repercussão da suspensão do chefe dos bombeiros gerou críticas à direção da corporação e à prefeitura da cidade, que foram acusadas de perseguição religiosa. Muitos cidadãos reagiram ao caso comprando exemplares do livro, como forma de mostrar apoio ao escritor.
Erick Erickson, um articulista conservador do portal Red State, afirmou que Kelvin Cochran, assim como muitos outros cristãos evangélicos, está sendo atacado pela “máfia gay”.