A manifesta insatisfação da população brasileira com a administração Dilma Rousseff (PT) tem revelado que grande parte dos eleitores já não veem as administrações passadas do Partido dos Trabalhadores como algo positivo para o país.
Um levantamento feito pelo instituto Datafolha mostrou que 68% dos brasileiros acreditam que não houve melhora significativa na vida durante os mandatos do ex-presidente Lula (PT) ou no mandato anterior de Dilma. Apenas 31% disseram enxergar avanços reais ao longo dos 13 anos que o PT se mantém na presidência da República.
Quando questionados se os resultados da administração petista são positivos ou negativos, 26% das pessoas que participaram da pesquisa disseram que a vida do brasileiro piorou. 42% disseram ter uma visão mais otimista e acreditam que as condições hoje são iguais às de 13 anos atrás.
Segundo informações da Agência O Globo, a pesquisa “foi feita com 3.541 entrevistados em 185 municípios nos dias 25 e 26 de novembro”, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Reação
Enquanto as estatísticas tentam mensurar a insatisfação do brasileiro com as decisões do governo, outros números mostram que a maioria da população que usa as redes sociais e opina sobre política é favorável ao impeachment de Dilma.
“No período de 2 a 9 de dezembro, na semana após Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter aceitado o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, 49,3% das menções espontâneas ao assunto nas redes sociais eram favoráveis ao impedimento e 31,7%, contrárias”, informou a jornalista Vera Magalhães.
A informação foi obtida através de um levantamento realizado por meio de uma plataforma de monitoramento digital, chamada Torabit. Foram analisadas 485.538 menções espontâneas nas redes sociais sobre o impeachment. O mesmo levantamento mostrou que 19% dos posts sobre o tema foram neutros.
“Das postagens, 55,6% têm teor negativo para a presidente; 34,1% são positivas; e 10,3% são neutras. A diferença percentual mostra que o universo de pessoas que são contra o governo é maior que aquele que apoia o impeachment”, acrescentou a jornalista da revista Veja.
O relatório do levantamento aponta ainda que 42,9% das publicações sobre o impeachment são manifestações pessoais e opinativas dos usuários, sem links para notícias. Outras 37,6% se valiam de algum acesso para notícia ou análise de site ou portal de notícia, enquanto os links para blogueiros, em sua maioria opinativos, somaram 9,5% das postagens.