Um pastor que atuava como capelão voluntário em uma prisão foi obrigado a renunciar ao cargo após ter citado um versículo bíblico durante um culto que fala contra a homossexualidade.
Barry Trayhorn era jardineiro na prisão de HMP Littlehey, em Bedfordshire, a pouco mais de 100 quilômetros de Londres, na Inglaterra, e passou a ser capelão voluntário em 2011.
Em um sermão recente, o pastor citou o versículo 6 da primeira carta de Paulo aos Coríntios, onde o apóstolo condena diversos pecados, incluindo a homossexualidade. Em entrevista ao Daily Mail, Trayhorn afirmou que queria explicar à congregação dos detentos – muitos dos quais cometeram crimes de abuso sexual horríveis – a mensagem cristã do perdão.
No entanto, as autoridades prisionais não viram dessa forma e o advertiram uma última vez por violação das leis de igualdade.
Trayhorn resolveu renunciar ao posto de capelão, mas mesmo assim, o administrador da prisão, David Taylor, resolveu puni-lo com suspensão por ser um “indivíduo antagônico” e culpado de “provocações” que violavam o código de conduta da instituição penal.
Agora, o pastor está processando a prisão na Justiça Trabalhista por ter sido forçado a sair de seu emprego remunerado como jardineiro por causa do episódio do sermão. Trayhorn está contando com apoio jurídico do Centro Legal Cristão (CLC).
A diretora do CLC, Andrea Williams, afirmou que o pastor não fez nada demais: “As palavras do senhor Trayhorn eram nada que não pudessem ser encontradas em uma igreja paroquial rural em uma manhã de domingo e foram uma explicação sobre o arrependimento e o perdão. As Bíblias dada aos prisioneiros agora serão censuradas para remover qualquer coisa que as pessoas podem achar difícil de ouvir?”, questionou.