A ditadura comunista da Coreia do Norte proibiu a celebração do Natal pelos cristãos, e mais uma vez irá substituir a festa pela celebração do aniversário da esposa do ditador Kim Il-sung, fundador da dinastia que tomou o poder há décadas.
A Coreia do Norte é considerada o país mais hostil aos cristãos em todo o mundo, de acordo com monitoramento realizado pela Missão Portas Abertas, que anualmente lista os 50 piores com base em parâmetros e informações repassadas por missionários nesses países.
De acordo com a Portas Abertas, as autoridades proibiram qualquer celebração do Natal e o governo trabalha para fazer acontecer a comemoração do aniversário de Kim Jong-suk, a esposa do primeiro ditador da dinastia, Kim Il-sung, na véspera do Natal.
“Nesse dia, acontecem reuniões públicas e festividades nas escolas, fábricas e universidades como alternativa às celebrações natalinas. Em mais de sete décadas, a Coreia do Norte rouba as celebrações de Natal e as substitui por celebrações da família Kim, fazendo de tudo para que se pareçam com o Natal dos cristãos”, relata a Portas Abertas.
A tentativa de deificar a dinastia Kim não se resume à substituição do Natal pelo aniversário de Jong-suk, mas também à obrigatoriedade imposta pelo regime de reverência à família: “Obriga as pessoas a se curvarem diante dos milhares de monumentos da família Kim e celebrarem seus aniversários”, diz a nota.
“As mulheres cristãs enfrentam violência sexual no interrogatório e na prisão. Fora da prisão, o abuso sexual é normalizado contra elas. Os homens ficam sob controle extremo do regime, seus empregos são definidos pelo governo e não podem ser trocados. Na Coreia do Norte, qualquer pessoa que tenha ligação cristã em sua descendência é excluída de promoções no emprego, de prestígio ou serviço militar preferencial”, contextualiza a entidade missionária.