A aproximação dos candidatos à prefeitura de São Paulo ao eleitorado evangélico teve um novo destaque no último domingo com as declarações feitas pelo candidato pelo PRB, Celso Russomano. Ele afirma que, se eleito, nenhuma igreja instalada em prédio com situação irregular será fechada na cidade.
– Acho importantíssimo o apoio das igrejas à nossa candidatura. Tenho dito que a igreja é linha de conduta da sociedade, as pessoas em um culto não praticam o crime, não usam droga. Em nosso governo não vamos permitir que nenhuma igreja seja fechada, vamos regularizar – afirmou o candidato, que visitou um templo no Brás, na região central da cidade, acompanhado de seu vice Luiz Flávio D’ Urso.
Em Brasília uma lei existente já permite desde 2009 a regularização de terrenos ocupados por igrejas e entidades de assistência social no Distrito Federal.
As afirmações de Russomanno foram feitas poucos dias depois das declarações do pastor Samuel Ferreira, líder da Convenção Nacional das Assembleias de Deus — Ministério de Madureira, que ao manifestar seu apoio ao candidato Gabriel Chalita (PMDB), pediu “tratamento diferenciado” aos templos religiosos.
De acordo com o Estadão, apesar de também buscar o apoio de líderes e denominações religiosas, Chalita minimizou, no último domingo, o impacto desse tipo de apoio no resultado das eleições, e comparou a influência de religiosos nos eleitores ao chamado voto de cabresto.
– [A busca por apoio de religiosos] ajuda porque a igreja tem líderes. Quando os líderes se convencem do melhor candidato, eles podem influenciar, podem orientar, mas não acredito mais em voto de cabresto. Acho que, se o líder vai para um lado e as pessoas percebem que este lado não é o melhor para a cidade, elas escolhem o que acham que há de melhor – frisou o peemedebista, que, apesar disso, também afirmou ser a favor da regularização das igrejas irregulares.
Redação Gospel+