A perseguição religiosa em muitos países, como Nigéria, infelizmente tem levado cristãos à morte. No total, só nesse primeiro semestre de 2020, segundo a Intersociety, uma organização liderada pelo criminologista cristão Emeka Umeagbalasi, foram 1.202 óbitos.
Em função disso, muitos nigerianos saíram às ruas para protestar contra o preconceito e intolerância religiosa. Este cenário têm destruído a vida de pessoas e de muitas famílias em várias partes do país.
Foram 812 assassinatos cometidos por grupos da etnia Fulani, que é predominantemente muçulmana. Esses povos foram radicalizados para atacar comunidades agrícolas que são predominantemente cristãs e ricas na agricultura nos estados do Cinturão Médio da África.
Também foram registradas 390 mortes de cristãos provocadas pelo grupo islâmico Boko Haram, considerado o “Estado Islâmico” do continente africano.
“Milhares de cristãos indefesos que sobreviveram a ataques com facões, também foram feridos e deixados em condições mutiladas, com vários deles aleijados por toda a vida”, afirma o relatório da Intersociety.
Outro relatório recente apontou que quase metade dos cristãos residentes na Nigéria já foram dizimados, e tudo isso diante de um mundo que parece se calar face ao genocídio em razão da fé.
“Centenas de cultos cristãos e centros de aprendizado foram destruídos ou queimados; da mesma forma que milhares de casas, fazendas e outras propriedades pertencentes a cristãos foram destruídas”, acrescentou o documento.
As comunidades agrícolas cristãs foram as mais atacadas nos últimos anos, fazendo com que o governo rotulasse esses ataques como conflitos antigos entre pecuaristas e agricultores.
Mas, muitos sabem que essa informação não procede, uma vez que só as comunidades cristãs são atacadas. Até hoje não se viu nenhuma comunidade muçulmana sendo alvo de violência e mortes, salvo a dos cristãos. Defensores das comunidades cristãs sabem que se trata de perseguição religiosa.
“Todas as áreas sob ataques jihadistas de pecuaristas são comunidades cristãs até o momento”, diz o relatório da Intersociety, segundo informações do Christian Post.
“Não há evidências em nenhum lugar mostrando assassinatos de muçulmanos e tomada de posse de suas terras, fazendas e casas ou destruição ou incêndio de mesquitas pelos Fulani jihadistas”, conclui o documento.