A proclamação de Charles III como rei do Reino Unido foi marcada sua declaração de que ora a Deus para ter Sua orientação e ajuda ao conduzir seu povo. A proclamação ocorreu em Londres, no último sábado, 10 de setembro.
Charles III substitui sua mãe, a rainha Elizabeth II, que morreu na última quinta-feira, 08 de setembro, aos 96 anos de idade. Em sua declaração ao Conselho de Adesão na presença da família real, da primeira-ministra Liz Truss e dos arcebispos de Canterbury e York, o rei referiu a Deus:
“Ao realizar a pesada tarefa que me foi confiada, e à qual agora dedico o que me resta de minha vida, oro pela orientação e ajuda de Deus Todo-Poderoso”, declarou o rei.
As demonstrações de fé de Charles III não são recentes. Em duas ocasiões – 2014 e 2018 – o então príncipe expressou suas preocupações com a perseguição religiosa sofrida por cristãos em várias regiões do mundo.
“É de partir o coração profundamente que muitos cristãos sejam perseguidos por sua fé. […] Num momento em que tão pouco é considerado sagrado, é literalmente diabólico que essas pontes simbólicas estejam sendo destruídas”, declarou, em 2014.
Quatro anos depois, Charles exaltou a fidelidade dos cristãos no Oriente Médio: “Eu encontrei muitos cristãos que, com fé e coragem tão inspiradoras, estão combatendo a opressão e a perseguição, ou fugiram para escapar dela. De tempos em tempos, tenho sido profundamente quebrantado e movido pela extraordinária graça e capacidade de perdão que tenho visto naqueles que tanto sofreram”.
Exemplo da mãe
Ao comunicar formalmente a morte da rainha, Charles III disse ter consciência do legado que Elizabeth II deixou: “É meu mais doloroso dever anunciar a vocês a morte de minha amada mãe, a rainha. Eu sei o quão profundamente vocês, toda a nação, e acho que posso dizer ao mundo inteiro, simpatize comigo pela perda irreparável que todos sofremos”.
“É o maior consolo para mim saber a simpatia expressa por tantos à minha irmã e meus irmãos. […] Ao assumir essas responsabilidades, devo me esforçar para seguir o exemplo inspirador que me foi dado ao defender o governo constitucional e buscar a paz, a harmonia e a prosperidade dos povos dessas ilhas e dos reinos e territórios da Comunidade das Nações em todo o o mundo. Neste propósito, sei que serei sustentado pelo afeto e lealdade dos povos cujo soberano fui chamado a ser, e que no cumprimento desses deveres serei guiado pelo conselho de seus parlamentos eleitos”, acrescentou.
Charles III, como “defensor da fé”, prestou juramento sobre a segurança da Igreja da Escócia, que preserva sua independência em relação à Igreja da Inglaterra, que é a religião oficial do país.
O rei “pela graça de Deus” jurou manter e preservar “inviolavelmente o acordo da verdadeira religião protestante, conforme estabelecido pelas leis feitas na Escócia […] para garantir a religião protestante e o Governo da Igreja Presbiteriana e pelos Atos aprovados no Parlamento de ambos os Reinos para a União dos dois Reinos, juntamente com o governo, culto, disciplina, direitos e privilégios da Igreja da Escócia”, segundo informações do portal The Christian Post.