Um templo cristão na província de Henan foi demolido pelas autoridades no último dia 12 de junho. Embora cenas como essa sejam corriqueiras no país, esse episódio chamou atenção porque um culto foi interrompido para que as máquinas colocassem o prédio abaixo.
A entidade ChinaAid – que se dedica a denunciar abusos cometidos pela perseguição religiosa e divulgar a falta de direitos humanos no país – reportou que aproximadamente 200 funcionários de vários departamentos do governo da província chegaram à Igreja de Sunzhuang com guindastes e máquinas pesadas ainda pela manhã do dia 12.
O pessoal do Departamento de Assuntos Étnicos e Religiosos do Distrito de Alta Tecnologia de Zhengzhou forçou a entrada no templo e interrompeu o culto que estava sendo realizado. Eles não mostraram nenhum documento legal.
Algumas das propriedades da igreja, incluindo cadeiras, foram jogadas para fora. Pelo menos uma cristã resistiu e ela foi agredida, sofrendo um empurrão que a derrubou e fez perder a consciência. Ela teve que ser levada ao hospital. Outra cristã foi hospitalizada depois que as autoridades também a espancaram.
Na confusão, um fiel da igreja foi preso pelas autoridades, com o templo sendo demolido em seguida. As demolições de igrejas tem alcançado números assustadores na China, com centenas de casos ao longo do último ano.
A Igreja Sunzhuang havia entrado para a rede de igrejas administradas pelo governo da China no início dos anos 1990. Em junho de 2013, o Comitê da Vila Sunzhuang emitiu um aviso de demolição para a Igreja Sunzhuang, afirmando que os cristãos não seguiram completamente os procedimentos para a construção de uma igreja.
Em resposta, a igreja apresentou às autoridades um certificado mostrando que haviam obtido aprovação prévia do governo. Naquela época, o governo enviou um grupo de pessoas para demolir a igreja e cortar o fornecimento de eletricidade e água. No entanto, os cristãos protegeram a igreja e os funcionários não puderam prosseguir.
Agora, a situação foi diferente, com a ação dos funcionários do governo – controlado pelo Partido Comunista Chinês (PCC) – sendo ainda mais agressiva.