Cristãos que vivem na China estão tendo que se submeter a mais um mecanismo de controle inventado pelo Partido Comunista Chinês, o PCC. Agora, todos os membros de igrejas registradas pelo Estado terão que se cadastrar em um aplicativo, a fim de que possam ter autorização de culto.
A ferramenta não é exigida das igrejas que são consideradas “clandestinas”. Ou seja, que não se submeterem ao rígido controle da ditadura comunista, e seguem como denominações independentes, motivo pelo qual já são alvos de perseguição.
Agora, mesmo os cristãos de igrejas supostamente legalizadas terão que passar por mais esse filtro de inspeção governamental, seguindo o que parece ser uma tentativa de ampliar o sistema social de créditos utilizado pelo Partido Comunista desde 2014, quando começou a ser testado.
Na China, os chineses são avaliados por meio de reconhecimento facial/digital, dados cadastrais e até de informações na internet. Se o comportamento é considerado politicamente adequado, recebem uma boa nota social, mas em caso contrário, se a nota for baixa, eles são alvos de restrições sociais, como o impedimento de ter bons empregos e até mesmo de viajar, segundo o Poder360.
Ao que tudo indica, a ideia de obrigar o cadastro dos cristãos em um aplicativo estatal para ter acesso aos cultos é só mais um passo nessa escalada de autoritarismo comunista, de acordo com informações do JM Notícias.
Vigilância total
A organização Portas Abertas, que monitora a perseguição religiosa em vários países do mundo, incluindo a China, lista o país na 16° colocação entre as nações que mais perseguem os seguidores de Jesus.
“O endurecimento das restrições e o aumento da vigilância estão colocando os cristãos na China sob intensa pressão, já que o Partido Comunista busca limitar todas as ameaças ao poder”, diz a entidade.
“A vigilância na China está entre as mais opressivas e sofisticadas no mundo, e líderes cristãos são principalmente vulneráveis à perseguição, incluindo prisão ou, em um pequeno número de casos, sequestro”, alerta a Portas Abertas.