Mais um caso de sequestro envolvendo uma adolescente, no Paquistão, causa revolta na comunidade cristã internacional. Dessa vez foi uma jovem de 15 anos, filha de um pastor evangélico local, que foi levada por um muçulmano supostamente para casamento forçado.
A jovem Saneha Kinza Iqbal saiu em direção à sua igreja no dia 22 de julho passado e desde então não foi mais vista. O sequestro foi constatado só depois, quando familiares da menina descobriram que o funcionário do Hospital Allied em Faisalabad, lhe sequestrou.
O homem identificado como Saeed Amanat é o guardião da entrada do setor de ortopedia, e conheceu a jovem quando ela estava acompanhando a sua mãe, Rukhsana Bibi, durante um socorro médico quando machucou o seu quadril por causa de uma queda, em 2 de junho.
Saneha é filha do pastor Morris Masih, que reside com a sua família em Nasrat Colony Jhang Road, Faisalabad. A família da jovem tentou fazer a denúncia do sequestro na delegacia de polícia de Jhang Bazar, mas não obteve resultado.
Só com a entrada da Associação de Mulheres para a Conscientização e Motivação, Awam no caso foi que o sequestro de Saneha veio à tona e foi aceito como denúncia pelas autoridades, agora em agosto.
À associação está agora buscando apoio entre figuras de importância no Paquistão para tentar reverter o sequestro e trazer de volta a jovem Saneha. A principal dificuldade disso consiste no fato de que por ser um país regido pela cultura islâmica, casos como esse são ignorados pelas autoridades locais.
Recentemente, por exemplo, também no Paquistão, a Justiça decidiu que Maria Shahbaz, uma adolescente cristã de 14 anos que foi sequestrada em 28 de abril fosse devolvida ao sequestrador, também muçulmano, segundo o MSN.
A juíza Rana Masood, do Tribunal de Faisalabad, havia decidido em 30 de julho que a jovem fosse retirada das mãos do homem que lhe sequestrou e enviada para um abrigo de mulheres, a fim de aguardar o julgamento final do seu caso.
Resultado? A Suprema Corte de Lahore decidiu que a jovem fosse devolvida ao sequestrador. “Os juízes continuam a declarar que os casamentos de menores são válidos, sob o pretexto da puberdade, segundo uma interpretação islâmica da lei”, disse a ativista Suneel Malik, conforme notícia do Gospel Mais.